A participação das mulheres no agro vem crescendo nos últimos anos. De acordo com um levantamento do IBGE, feito em 2022, já são quase um milhão de brasileiras à frente de propriedades rurais. O destaque é na pecuária, onde 44,1% das mulheres que estão à frente dos negócios atuam. Veja o ranking:
Mulheres à frente de negócios
– Pecuária: 450,7 mil
– Lavoura temporária: 325,6 mil
– Lavoura permanente: 92,2 mil
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JOHANNA DÖBEREINER
Nascida na Tchecoslováquia, em 1924, Johanna Döbereiner estudou agronomia e chegou ao Brasil em 1951. Ela participou da ocupação do Centro-Oeste participando da “revolução verde”, que pretendia expandir a produção de alimentos no país. Na ocasião, foi criada a Comissão Nacional da Soja e Johanna foi peça fundamental.
No grupo foi decidido como seriam as pesquisas para aclimatar a soja às condições climáticas e do solo do Brasil e Johanna defendeu a FBN (fixação biológica de nitrogênio). Ela defendia que o adubo nitrogenado sairia muito caro para os produtores brasileiros e que o custo benefício seria muito melhor com a aplicação de bactérias.
Por causa de Johanna, a soja foi selecionada e melhorada para produzir muito apenas com a simbiose entre bactérias e plantas, sem adubo nitrogenado, o que gera uma economia anual de cerca de 1 bilhão de dólares. Com isso, a soja brasileira é mais barata e competitiva no mercado internacional.
Johanna se tornou cidadã brasileira em 1956 e dedicou sua carreira nos estudos de fixação biológica de nitrogênio nas plantas, focando uma agricultura cada vez mais sustentável. Ela foi reconhecida mundialmente como autoridade no assunto, ganhando diversos prêmios por suas pesquisas, inclusive sendo indicada ao Nobel de Química. Johanna morreu em 2000.
VERIDIANA VICTORIA ROSSETTI
Nascida em Santa Cruz das Palmeiras, em 1917, Veridiana Victoria Rossetti dedicou sua carreira ao estudo de doenças da citricultura brasileira, se tornando uma das principais pesquisadoras do tema no mundo. Veridiana foi fundamental para o combate de doenças como cancro cítrico, leprose do citros, clorose variegada, e outros. Veridiana se tornou, também, uma das maiores pesquisadoras do tema no mundo.
Outro destaque na carreira de Veridiana foi que ela conseguiu levar os conhecimentos da ciência para os produtores rurais, colocando os estudos em prática do campo. Ela morreu em 2010, vítima de pneumonia.
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