O motor Fire, sucessor do Fiasa que equipava o Fiat 147 e, após algumas mudanças, o Uno Mille, é o mais antigo do ciclo Otto em linha no Brasil. Então, por que a montadora italiana pertencente ao Grupo Stellantis está encerrando sua produção?
A História do Motor Fire
A sigla Fire, ao contrário do que muitos podem pensar, não remete a “Fogo” (Fire, em inglês), mas sim a Fully Integrated Robotised Engine, que significa “Motor Completamente Fabricado por Robôs”.
A chegada do motor Fire marcou uma virada de chave para a Fiat. A empresa passou a utilizar uma linha de montagem robotizada, aumentando a escala produtiva e reduzindo custos.
O Motor Fire Hoje
Enquanto ainda está em produção, o motor Fire continua presente em um dos modelos mais baratos e mais vendidos do Brasil no segmento dos hatches: o Fiat Mobi Like. Este modelo oferece entre 71 cv e 74 cv de potência (gasolina e etanol), com um torque que varia entre 9,3 e 9,7 kgf/m, dependendo do combustível utilizado. Com o fim do Fire, o Mobi adotará o motor 1.0 Firefly de 3 cilindros.
Por que a Fiat vai parar de produzir o motor Fire?
O principal motivo para o fim da produção do motor Fire é o Proconve L8 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores), que entrará em vigor a partir de 2025. Este programa regula as emissões de poluentes e, como aconteceu com o Proconve L7 em 2022, muitas montadoras precisarão adaptar suas linhas ou descontinuar modelos que não atendem às novas exigências.
Para a Fiat, adaptar o motor Fire às novas regras exigiria investimentos muito altos, o que torna a continuidade da sua produção inviável. Assim, o motor mais antigo do Brasil está prestes a se despedir definitivamente.