12 de dezembro de 2024
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Bibliotecária usa contação de histórias para despertar paixão pela leitura

Servidora da rede municipal de São Carlos há 28 anos, Roseli Cavichiole abusa da criatividade para desenvolver brincadeiras que despertem a vontade de ler

Crédito: Arquivo pessoal
Crédito: Arquivo pessoal

Roseli Aparecida Cavichiole de Camargo é bibliotecária da rede municipal de São Carlos há 28 anos. E já nos últimos oito, atua na biblioteca “Gerson Toledo Piza Radialista Juquita”, que fica junto à Escola Municipal de Ensino Básico (EMEB) Angelina Dagnone de Melo, onde encontrou a oportunidade de fazer o que mais gosta: leitura e contação de histórias para crianças. 

Apesar do perfil mais técnico de sua profissão, Roseli revela que, desde quando foi trabalhar na biblioteca Amadeu Amaral, a maior da cidade, ela já procurava brechas para desenvolver atividades com o público infantil. Enfim, a oportunidade veio ao cobrir o período de licença de uma colega na biblioteca Radialista Juquita: foi lá que se deparou com várias de possibilidades para desenvolver a leitura com os estudantes da EMEB, o que a levou a pedir transferência definitiva para a unidade.

Crédito: Arquivo pessoal

 

Roseli não economiza criatividade quando o assunto é contar histórias. Já se vestiu de personagens, como Emília, de O Sítio do Pica-Pau Amarelo, e vive adaptando brincadeiras nas quais caibam poesia. “Na dança das cadeiras, por exemplo, substitui a música pela leitura de poesias. Quem fica de fora das cadeiras lê a próxima poesia, enquanto o grupo continua disputando um lugar. Desse jeito, todos participam e saem ganhando”

Outra atividade criada pela servidora e que já virou tradição na escola é o Restaurante Literário, baseado no “Cardápio Cultural”, uma iniciativa similar realizada em São Paulo pela contadora de histórias Andrea Souza. “É como se fosse o cardápio de um restaurante, mas, no lugar dos pratos, temos trava-línguas, poesias e histórias. Então as crianças escolhem do que querem se alimentar no dia”.

Canal no Youtube

Crédito: Arquivo pessoal

 

Durante a pandemia, a bibliotecária encontrou uma forma de continuar contando suas histórias: criou o canal Biblioteca Radialista Juquita no YouTube. A ideia surgiu quando uma professora da EMEB pediu que ela fizesse uma participação em aula online para narrar um conto. “Era um momento em que todo mundo estava muito recluso e seria bom fazer algo para ajudar a descontrair”, explica. 

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As narrações do canal são curtas, pensadas especialmente para crianças pequenas, e com a própria bibliotecária interpretando as leituras. A iniciativa fez sucesso e, por isso, ela continua alimentando o canal duas vezes por semana.

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