A JAC mais uma vez mostra ousadia e apresenta um modelo sedã de luxo movido 100% a eletricidade. Aliás, é uma caminho que no Brasil a marca chinesa, mas de propriedade da Volkswagen AG, está seguindo desde o ano passado quando apresentou vários modelos eletrificados.
A aposta da JAC é um modelo surpreendente, muito elegante, bonito e com ótimo acabamento.
O e-J7 é muito mais um fastback que um sedã, mas já que a importadora assim o determinou, vamos respeitar.
Durante a sua apresentação, no circuito do Haras Tuiuti, houve a oportunidade de comparar o e-J7 com os modelos BMW 320i e Mercedes Benz Classe C. Na prova de aceleração, o JAC simplesmente humilhou os dois modelos alemães, acelerando de 0 a 100 quilômetros por hora em 5,9 segundos. Os concorrentes precisaram de pelo menos mais um segundo a mais para percorrer a mesma distância.
No caso da velocidade máxima, o e-J7 tem a velocidade limitada em 150 quilômetros por hora, enquanto os concorrentes ultrapassam os 200 quilômetros por hora. Agora, onde hoje se consegue andar perto dos 200 quilômetros por hora? Então, mais uma vantagem para o e-J7.
Design
Desenhado no estúdio italiano JAC Design Center, em Turim, Itália, o e-J7 tem linhas elegantes com destaque para os vincos. Apesar de a marca dizer que é um sedã, o modelo é na verdade um fastback, inclusive pela sua quinta porta traseira (porta-malas). Por conta das suas linhas, o porta malas tem capacidade de 590 litros.
A frente não tem a tradicional grade de refrigeração, local onde estão as tomadas para recarga de energia (tipo 2 e GBT). Poderia ter uma solução mais elegante para essa portinhola. Os faróis são de Led. Embaixo entradas de ar apenas para refrigeração do conjunto de baterias.
As lanternas também são de Led, e uma faixa iluminada corta de fora- a-fora toda a tampa do porta malas. O conjunto total é muito agradável.
Interior
Por dentro, o modelo surpreende pelo acabamento, equilíbrio e equipamentos. Comparado com os modelos alemães disponíveis no circuito, em nada o JAC fica a dever aos “concorrentes”. E com uma grande vantagem: o JAC custa em torno de 270 mil reais, cerca de 15% a menos que o BMW e Mercedes. E mais um importante detalhe é que o e-J7 não necessita de manutenção, troca de óleo e gasolina.
Com interior em preto, os materiais utilizados são de boa qualidade e muito agradáveis. Destaque para as costuras duplas, que dão um toque de sofisticação.
Os bancos são muito confortáveis, tanto na frente como para os dois passageiros de trás.
Na enorme tela multimídia no meio do console, é possível controlar toda a tecnologia embarcada do modelo. Mas faltam equipamentos importantes para um automóvel desse nível: controle de cruzeiro adaptativo, alerta de saída involuntária de faixa, auxilio de permanência em faixa, alerta de colisão com frenagem autônoma e alerta de ponto cego nos retrovisores.
Elétrico
O e-J7 tem tração dianteira, onde, aliás, está colocado o motor elétrico. A bateria de fosfato de ferro de lítio tem capacidade de 50,1 kWh e está acomodada no assoalho do automóvel.
Segundo a marca, a autonomia do modelo é de 402 quilômetros. Mas na estrada, a 120 quilômetros por hora deve cair 40%. O fastback desenvolve 193 cavalos de potência máxima e 34,7 mkgf de torque. Nas frenagens, o modelo faz a regeneração de energia, ampliando a sua autonomia.
O JAC e-J7 tem suspensão McPherson na dianteira e multibraço na traseira, ambas montadas em subchassi e com barra anti-rolagem. A estabilidade é boa, mas o chinês/alemão é muito mole e afunda muito a dianteira nas frenagens mais agressivas. Com toda a certeza foi em busca de um rodar mais macio, mas não é adequado para as ruas e estradas brasileiras.