A ABAC (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios) divulgou um levantamento que aponta que as vendas de consórcios de caminhões aumentou 216% em 20 meses, levando em consideração o período de março de 2021 a outubro de 2022. As vendas de consórcio de transporte rodoviário de cargas podem ser considerados um termômetro da economia nacional, uma vez que 65% do que é transportado no país é levado por rodovias.
No período levantado, as adesões aos consórcios demonstraram avanços constantes. Quando comparados os números de março de 2021, com 7,92 mil novas cotas comercializadas, com os de outubro de 2022, ocasião em que foram vendidas 25,07 mil, há um aumento de 216,5%. Para um total de 276,24 mil adesões no período analisado, a média geral ficou em 13,81 mil vendas de novas cotas.
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Ao comparar a quantidade de 408,53 mil cotas ativas em outubro deste ano com as 263,41 mil cotas ativas em março de 2021 verificou-se um avanço de 55,1% ao longo dos vinte meses
Ainda na avaliação, considerando apenas os participantes dos consórcios de caminhões, há a seguinte distribuição percentual dos participantes ativos no país: 48,9% na região Sudeste; 20,3% no Sul; 13,7% no Centro-Oeste; 13,3% no Nordeste; e 3,8% no Norte.
MOVIMENTAÇÕES DE CARGA
Apesar das dificuldades, o transporte rodoviário continua sendo peça fundamental para a manutenção do abastecimento seja do comércio varejista, supermercados, vendas on-line, centros de distribuição, agronegócio, indústrias, entre outros.
Em outubro, as pessoas físicas ou autônomos representavam 64,3% dos consorciados ativos, enquanto as jurídicas chegaram a 35,3%. Houve ainda 0,4% relativo a outros, incluindo cooperativas e entidades setoriais. Nos três, a opção pela modalidade está calcada no planejamento para troca e renovação de veículos ou ampliação de frotas.
O levantamento apontou ainda que, dos consorciados contemplados, 56,6% tiveram por objetivo a ampliação de suas frotas, no caso das transportadoras, ou a aquisição de mais veículos no caso dos autônomos, enquanto 43,4% optaram pela renovação dos veículos.
Entre as categorias com maior utilização do crédito por ocasião da contemplação, estiveram os caminhões leves, com 28,3%; os médios, com 36,8%; os pesados, com 15,3%; e os extrapesados, com 19,6%.
Ainda sobre as contemplações, a maioria, 46,0%, decidiu pela aquisição do caminhão novo, e 19,9% pelo seminovo. Os demais, 34,1%, resolveram comprar outros tipos de veículos.
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