Um estudo realizado por pesquisadores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) revelou que mulheres grávidas apresentam um risco cinco vezes maior de desenvolver quadros graves de dengue.
A pesquisa analisou 27.695 casos confirmados de dengue em mulheres em idade reprodutiva no Paraná, com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde. Entre os diagnósticos positivos, 949 correspondiam a gestantes.
Comparadas às demais mulheres, as grávidas apresentaram um risco 5,4 vezes maior de hospitalização e desenvolvimento de dengue grave.
Segundo o estudo, as gestantes ficam mais vulneráveis à doença devido às alterações anatômicas e fisiológicas causadas pela gravidez. Essas mudanças incluem alterações cardiovasculares e dificuldades no diagnóstico preciso da dengue, bem como na avaliação da sua gravidade.
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A pesquisa destaca a importância de identificar a gestação como fator de risco para desfechos clínicos desfavoráveis, contribuindo para uma melhor compreensão da evolução da dengue durante a gravidez. Além disso, ressalta a necessidade de identificar precocemente sinais de sangramento, facilitando a internação, o acompanhamento e o tratamento adequado das gestantes.
O estudo foi conduzido pela médica infectologista Beatris Martins durante seu mestrado em Saúde Pública na UFPR e o artigo foi publicado no periódico internacional BMC Infectious Diseases.
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