9 de maio de 2024
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Corrida de Rua

Africanos seguem dominando a Corrida de São Silvestre

Andrew Rotich, de Uganda, e Catherine Reline, do Quênia, vencem a edição 2023 da prova de rua mais tradicional do país. Fábio Jesus Correia e Jenifer Nascimento são os melhores brasileiros

Não foi desta vez. Os atletas africanos seguem dominando a Corrida Internacional de São Silvestre. Na 97ª edição da mais tradicional prova de rua do Brasil, neste sábado (31), em São Paulo, a dobradinha foi internacional.

Andrew Rotich, de Uganda, foi o mais rápido entre os homens. Ele completou os 15kmcom o tempo de 44min43. No feminino, a também estreante Catherine Reline, do Quênia, de apenas 20 anos, venceu, com folga, após 49min39.

Se não chegaram ao degrau mais alto, os brasileiros também marcaram presença no pódio, com Fábio Jesus Correia (46min13) e Jenifer Nascimento (54min02), ambos com a quarta colocação.

CORRIDA DO POVO
Mais de 32 mil atletas largaram para a prova que encerra o calendário das competições de corrida de rua no Brasil. A festa dos amadores, como sempre, é um capítulo especial. O dia ensolarado na capital paulista ajudou o clima de alegria nas ruas paulistanas que, mais uma vez, ganharam um colorido especial com tantos competidores. 

PELÉ
Momentos antes da largada, as já tradicionais faixas, placas e cartazes continham mensagens e homenagens a Pelé. O Rei do Futebol morreu na última quinta-feira, na capital paulista, e não foi esquecido pelos súditos corredores de rua.

A PROVA
A prova masculina largou às 8h05, com a temperatura na casa dos 20 graus. Nos primeiros quilômetros, um pelotão de oito atletas começou a despontar. Entre eles, três brasileiros e cinco africanos.

No Km 6, Andrew mostrava potencial para abrir vantagem sobre os adversários. Não demorou para que o ugandense ampliasse a diferença. No oitavo quilômetro, já liderava a liderança com o ritmo bem superior ao dos oponentes.

A partir daí, o atleta de 22 anos não diminuiu o ritmo, e passou a se distanciar cada vez mais. O africano não foi ameaçado e administrou os quilômetros finais para vencer pela primeira vez na São Silvestre, com 44min43. Joseph Panga, da Tanzânia (45min17s) e Maxwell Rotich, de Uganda, (45min42s) ficaram em segundo e terceiro, respectivamente.

“Foi uma boa prova apesar do clima quente e úmido, Isso acabou me afetando um pouco. O percurso também tem muitas subidas e descidas e exigiu bastante. De qualquer forma, estou muito feliz com o resultado e, especialmente, por vencer na minha estreia aqui”, destacou o vencedor, que este ano ainda ganhou duas meias maratonas, na França e Holanda. 

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BRASUCA
O baiano Fábio Jesus Correia foi o atleta nacional mais bem colocado entre os homens, completando na quarta colocação. E ficou feliz com o resultado, que não esperava. “A prova toda é bem difícil e ainda tem descida puxada no começo que exige muita atenção. Em certo momento da prova, percebi que estava bem e poderia andar junto com os africanos que estava na frente. No final, tive de forçar um pouco para garantir o quarto lugar”, afirmou o atleta do São Paulo FC.   

Fábio Correia é de Monte Santo, nascido em 19 de março de 1999. Foi campeão da Copa Brasil de Cross Country realizada no dia 11 de dezembro em Bragança Paulista. Disputará o Sul-Americano de Cross Country, dia 22 de janeiro, em Poços de Caldas, e seu objetivo é garantir vaga para o Mundial da Austrália de Cross. Em 2022 liderou o ranking brasileiro sub-23 dos 5 mil e 10 mil metros rasos e foi campeão no Sul-Americano de Atletismo, em Guayaquil, no Equador, nos 10.000 m – ganhou a medalha de prata nos 5.000 m. Treina em São Paulo – vive na Zona Leste – com Elvis Conceição de Santana.

ELAS
Entre as mulheres, uma estreante de apenas 20 anos foi o destaque e não deu chances para as adversárias. Catherine Reline impôs ritmo forte e desde a largada. A cada quilômetro via suas concorrentes ficarem para trás. No Km 10, passou a liderar com folga. Nem a experiente corredora Wude Yismer conseguiu acompanhar Catherine, que liderou de forma absoluta. Com folga, a queniana venceu a edição 2022 da São Silvestre com o tempo de 49min39. 

“Estou feliz com o resultado da minha primeira participação na São Silvestre. Meu maior desafio foram as subidas. Confesso que tive dificuldades. Mas dei meu melhor e me mantive focada, pensando em não desistir, o que exigiu um esforço mental. Assim, conquistei esse importante resultado logo na minha estreia aqui”, comemorou a jovem.

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O pódio no feminino foi liderado pelas atletas africanas. Além da vitória da queniana, as etíopes Wude Yimer e Kebebush Yisma ficaram em segundo e terceiro. Jenifer Nascimento completou os 15km em 54min02, garantindo a quarta posição e mais um pódio na São Silvestre, seu segundo na prova, já que em 2021, ficou em terceiro. 

“É sempre difícil enfrentar as africanas, elas são sempre muito fortes e com ritmo rápido. Mas consegui um pódio pela segunda vez seguida e estou muito feliz, tenho só que agradecer a todos que me ajudaram com este trabalho”, comemorou a atleta de São Paulo.

RESULTADOS  

MASCULINO
1) Andrew Rotich (UGA), 44min43
2) Joseph Panga (TAN), 45min17
3) Maxwell Rotich (UGA), 45min42
4) Fábio Jesus Correia (BRA), 46min13
5) Moses Kibet (UGA), 46min15

FEMININO
1) Catherine Reline (QUE), 49min39
2) Wude Yimer (ETI), 50min01
3) Kebebusch Yisma (ETI), 52min57
4) Jenifer do Nascimento (BRA), 54min02
5) Tadesu Tafa Weka (ETI), 54min24

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