9 de maio de 2024
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Corrida de Rua

São Silvestre 2022: brasileiros estão confiantes na vitória

Além do duelo com os corredores do exterior, o clima promete ser outro desafio durante os 15km da prova mais tradicional do Brasil, neste sábado, 31 de dezembro

A 97a Corrida Internacional de São Silvestre será marcada pelo retorno dos brasileiros ao topo do pódio após um jejum de 12 anos? Se depender da confiança dos atletas nacionais, sim. Não será fácil, pois a disputa promete ser acirrada com os estrangeiros pelas ruas da cidade de São Paulo neste sábado, último dia de 2022. Além da rivalidade, ainda há um outro fator a ser levado em consideração neste sábado, dia 31 de dezembro, em São Paulo: o clima chuvoso.

Os atletas do pelotão de elite, tanto brasileiros quanto estrangeiros, chegam muito bem preparados para a corrida que encerra o calendário de competições deste ano. Entre os brasileiros, o otimismo para impor um ritmo forte e voltar ao topo do pódio é unânime. Giovani dos Santos, um dos atletas nacionais que mais esteve no pódio da São Silvestre, aposta na experiência, no seu retrospecto e nos resultados positivos da temporada para fechar o ano com chave de outro.

“Tive um ano excelente, conquistei a vitória na prova 10 Milhas Garoto, e fui ao pódio em 99% das provas que disputei. Venho forte para dar meu melhor e tentar a vitória”, disse o atleta de 41 anos, que foi seis vezes ao pódio na São Silvestre, e é hexa na Volta Internacional da Pampulha (de 2012 a 2017).

Ederson Vilela, que em 2022 retomou a participação nas provas de rua, e é outro destaque nacional, está confiante. “Representar nosso país na São Silvestre é sempre muito bom e quero fazer isso da melhor possível. Venho num ritmo intenso e estou em boas condições. 2022 é o ano que só de voltar a competir entre os melhores, já é uma realização. Vou dar meu melhor”, enfatiza o campeão da Volta da Pampulha de 2019.

Além de Giovani e Ederson, o pernambucano José Márcio Leão está na lista de candidatos ao lugar mais alto do pódio. Ele tem na lista de vitórias o título da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro de 2017 e, na São Silvestre de 2021, foi o segundo melhor brasileiro, com o quinto lugar.

Entre as mulheres, Jenifer Nascimento diz estar feliz pela participação e espera brigar pela vitória. “É um grande prazer estar aqui para mais essa disputa. Venho me preparando ao longo do ano e, apesar de vir de outras competições, sem diminuir o ritmo, estou bem. É importante representar o Brasil nesta Prova”, conta otimista a atleta que foi terceira colocada na edição de 2021.

Outros destaques no feminino são as mineiras Amanda de Oliveira e Larissa Quintão e a pernambucana Mirela Andrade. Amanda, que no currículo conta top 5 nos 21 km de Maratona do Rio de Janeiro de 2021, recentemente ficou com o segundo lugar na Volta Internacional da Pampulha. Larissa ganhou a Meia Maratona de Belo Horizonte neste ano e terminou em terceiro lugar na Pampulha, enquanto Mirela garantiu o bi no Sul-Americano de Maratonas.

ESTRANGEIROS
Como em outros anos, nomes fortes do continente africano estarão presentes na São Silvestre. Desde 2011, no masculino e 2007 no feminino, os estrangeiros dominam. Mas, apesar dos resultados positivos, os africanos descartam favoritismo e afirmam que os brasileiros são fortes concorrentes. 

Entre os estrangeiros que correrão em 2022, Wude Aymer é a única que já disputou a São Silvestre. A etíope disse ter boas memórias das disputas realizadas no Brasil. “Estou feliz de poder disputar mais uma São Silvestre. Acredito que todos os atletas chegam bem e, assim como os africanos, os brasileiros virão forte. Todos querem a vitória e levar a bandeira de seu país para o topo do pódio”, analisa a segunda colocada na Adnoc Abu Dhabi Marathon (UEA-2019).

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Os outros estrangeiros confirmados são estreantes na disputa. Contudo, prometem impor um ritmo forte. “Estou feliz por participar pela primeira vez dessa prova. Estou em um momento bem positivo e espero conquistar um bom resultado”, diz Vivian Kiplagatu, atleta do Quênia.

Tilahun Kigussie, campeão da Maratona Internacional de São Paulo em 2022, está confiante. “Chego pronto para minha primeira São Silvestre. Quero buscar o topo do pódio. Gosto muito de correr no Brasil. Apesar de o clima ser bem quente, o que é uma preocupação”, observa o etíope.

Kabebusch Yisma, também estreante, aposta em sua preparação para deixar uma boa impressão. “Estou muito bem e quero brigar pela vitória. Quando chego aqui no Brasil sempre sinto o clima que é muito quente. Fico impressionada como os brasileiros conseguem correr com essas condições. Eu não estou acostumada, pois treino em um lugar bem frio. Neste ponto, acho que os brasileiros têm vantagem. Mas todos estão bem preparados”, destaca a campeã da Maratona da Internacional de São Paulo e da Maratona do Rio de Janeiro, ambas em 2022.

Confira a legião estrangeira na São Silvestre 2022

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MASCULINO
– Joseph Panga, da Tanzânia, campeão da Dodoma Half Marathon deste ano, prova de alto nível técnico na Tanzânia
-Andrew Kwemoi, de Uganda, campeão da Meia Maratona de Lille, na França, em 2022
-Maxwell Rotich, de Uganda, campeão da Azkoitia Azpeitia Diego Garcia Memorial Half Marathon, tradicional evento na Espanha, em 2022
-Moses Kibet, de Uganda, vice-campeão da Meia Maratona de Uganda em 2020 e campeão da Volta Internacional da Pampulha neste ano
-Tilahun Kigussie, da Etiópia, campeão da Maratona Internacional de São Paulo 2022
-Tesfaye Dibaba, da Etiópia, que já venceu da Maratona de Dubai.

FEMININO
-Kabebush Yisma, da Etiópia, campeã da Maratona Internacional de São Paulo e da Maratona do Rio de Janeiro, ambas em 2022
-Wude Aymer, da Etiópia, segunda colocada na Adnoc Abu Dhabi Marathon (UEA-2019) e quarta colocada da São Silvestre de 2017
-Vivian Kiplagati, Quênia, bicampeã da Volta Internacional da Pampulha (21/22) e terceira na Maratona Internacional de São Paulo deste ano
-Catherine Reline, Quênia, vencedora da Telesia Half Marathon, na Itália, em 2022; e a tanzaniana Jackline Sakilu, primeira colocada na tradicional Dodoma Half Marathon 2022, em seu país.

CLIMA
Apesar da motivação e do bom preparo, os atletas destacam o fator clima como o grande desafio a ser batido durante os 15 km do percurso, com início das largadas a partir das 7h25, na Avenida Paulista, número 2084. A possibilidade de chuva, a questão da umidade e o ambiente abafado podem ser determinantes.

O cronograma de largadas começará a partir das 7h25, com a saída da categoria Cadeirantes. Em seguida, a partir das 7h40, será a vez da Elite feminina, ficando para a partir das 8h05 o início da Elite masculina, Pelotão Premium, Cadeirantes com Guia e Pelotão Geral. A TV Globo transmite a prova na TV aberta.

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