Onde está Jair Tércio, o Falso Profeta do Linha Direta? Veja caso

O Linha Direta desta quinta-feira (25) vai abordar o caso de Jair Tércio Cunha Costa, homem que ficou conhecido como o Falso Profeta. Figura influente na Bahia, ele foi condenado por diferentes tipos de abuso contra pelo menos 14 vítimas. Em uma das acusações, o “líder espiritual” abusou de uma mulher que se submetia a uma suposta “cura gay”. Saiba mais sobre o caso a seguir:

Quem é Jair Tércio Cunha, o Falso Profeta do Linha Direta?

Grão-mestre da loja maçônica da Bahia, Jair Tércio se auto proclamava o “Iluminado”, afirmando que seria uma reencarnação de Moisés e de Jesus Cristo. Em 1984, o falso profeta criou a fundação OCIDEMNTE, onde foi desenvolvida uma doutrina pedagógica que era estudada em retiros espirituais semanais.

O que aconteceu no caso?

Em 2020, o Ministério Público do Estado da Bahia deflagrou uma operação para prender Jair Tércio, que foi denunciado por violação sexual mediante fraude e estupro por manter relação sexual com menor de 14 anos. A denúncia apresentada pela MP tinha como base uma investigação que apontou “veementes indícios de cometimento de crimes de violência de gênero”.

Segundo as apurações, Jair Tércio se inseria em ambientes sociais onde fazia um trabalho preliminar descrito como “despertar do ser humano”. Depois de conseguir a confiança das vítimas, o líder espiritual as submetia a atos de violência sexual, moral e psicológica.

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Quem são as vítimas de Jair Tércio?

Uma das vítimas do falso profeta Jair Tércio foi a pedagoga Tatiana Badaró, que o denunciou formalmente por diferentes tipos de abusos.

“Ele me privou de tudo, de minha própria vida. Eu só podia viver o que ele queria que eu vivesse. Eu não podia usar biquíni, ir à praia, ir para festas, encontrar meus amigos de infância. Até encontros de família, ele dizia para eu ir o mínimo possível. Eu não tinha vida fora da Fundação”, disse Tatiana em depoimento.

Ainda em 2020, a promotora de Justiça Márcia Teixeira, declarou em coletiva de imprensa que, ao todo, 21 vítimas procuraram o Ministério Público com relatos sobre o falso profeta, mas nem todas conseguiram virar denúncia por conta do tempo.

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“A grande maioria das vítimas foram responsáveis pelo pedido do sigilo. Elas têm medo do denunciado e também dos seus servidores. Temos hoje nove vítimas e seis testemunhas que foram vítimas no passado, mas são vítimas de crimes já prescritos. Uma vítima tem 16 anos e outra, que fez 18 anos esse ano, vinha sofrendo violência sexual desde os 12. No total, são 21 vítimas que chegaram até o MP”, disse Márcia Teixeira.