O apresentador Tiago Pavinatto foi demitido da Jovem Pan depois de se recusar a fazer uma retratação ao vivo a um desembargador. A informação foi confirmada pela emissora em nota enviada ao Estadão nesta quarta-feira (23).
Além de Pavinatto, o comentarista Rodolfo Mariz também foi desligado. Segundo o comunicado, ambos teriam cometido “excessos” durante a apresentação do programa “Linha de Frente” e recusaram a orientação da direção em pedir desculpas.
Na ocasião, Tiago Pavinatto comentava sobre uma decisão da Justiça de inocentar um homem acusado de estuprar uma menina de 13 anos. Ele chegou a proferir ofensas contra o desembargador responsável pelo caso.
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Ao final do programa, o apresentador comentou sobre a orientação da direção, mas se negou a pedir desculpas. “Eu não vou fazer uma retratação a uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo e ainda chama a vítima de 13 anos de idade de v***”, disse.
A situação levou à decisão da Jovem Pan em demitir ambos. “O apresentador Tiago Pavinatto e o comentarista Rodolfo Mariz cometeram excessos em suas participações no programa Linha de Frente’ e recusaram a orientação de realizar, ao término do programa, uma responsável retratação. Em virtude do ocorrido, a direção do canal decidiu pelo desligamento dos profissionais”, informou na nota.
Mais tarde, o apresentador também foi a público dar sua versão do ocorrido e contrariou a emissora ao negar que tenha sido demitido. Conforme Pavinatto, ele havia dito que preferiria “perder o contrato a perder a decência”.
Em uma nota publicada no Twitter, nesta terça-feira (22), ele reforçou o posicionamento. “Eu jamais, jamais, pediria desculpas por me revoltar contra um desembargador que inocentou um pedófilo septuagenário argumentando que a criança estuprada era prostituta e drogada. Não fui demitido: disse, com paz de espírito, que preferia perder o contrato a perder a decência”, escreveu.
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