Nesta sexta-feira (17), o Vaticano endureceu as regras de avaliação de “eventos sobrenaturais” relatados por fiéis. No documento, que substitui as regras elaboradas em 1978, o DDF (Gabinete Doutrinário do Vaticano) menciona supostos milagres como Virgens Marias chorando e crucifixos pingando sangue.
Quais são as regras do Vaticano para “eventos sobrenaturais”?
A partir de agora, os bispos não podem mais agir de forma independente quando forem confrontados com relatos de “eventos sobrenaturais” e devem consultar o DDF antes de começar a investigação. Com isso, os bispos também não podem mais reconhecer a natureza de um fenômeno como “milagre”, função que passa a ser exclusiva do Papa e dos escritórios centrais do Vaticano.
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As novas normas ainda permitem que um evento possa, em algum momento, ser declarado “sobrenatural”. Mas, como “regra”, a Igreja Católica não vai mais autenticar casos inexplicáveis ou tomar decisões definitivas sobre sua origem sobrenatural.
O critério mais favorável sobre um suposto “milagre” será a emissão de um parecer doutrinal não comprometedor, o chamado “nihil obstat.” A declaração significa que não existe nada em determinado evento que seja contrário à fé e que, por isso, os católicos podem expressar devoção a ele.
As regras ainda afirmam que o abuso da fé pode ser punido canonicamente. “O uso de supostas experiências sobrenaturais ou elementos místicos reconhecidos como meio ou pretexto para exercer controle sobre as pessoas ou realizar abusos deve ser considerado de particular gravidade moral”, diz o documento. É possível ler as regras completas no Vatican News.
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