20 de maio de 2024
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Dérbi Campineiro

Amoroso faz único gol de calcanhar do dérbi, mas Careca estraga a festa do Guarani

Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1994, com 19 gols, ao lado de Túlio Maravilha, do Botafogo-RJ, Amoroso se transformou em um torcedor fora das quatro linhas

 

Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1994, com 19 gols, ao lado de Túlio Maravilha, do Botafogo-RJ, Amoroso se transformou em um torcedor fora das quatro linhas e elevou o seu status de ídolo do Guarani. O atacante vivenciou dois clássicos com a Ponte Preta, sendo um deles muito especial. No dia 02 de abril de 1995, no estádio Moisés Lucarelli, pelo Campeonato Paulista, o craque foi do céu ao inferno em questões de minutos. 

O Guarani começou aquele dérbi campineiro, com quase 14 mil torcedores no Majestoso, a todo o vapor e precisou de 18 minutos para abrir 2 a 0 no placar, com gols de Djalminha e Amoroso, o último uma obra-prima. O próprio Djalminha cobrou uma falta na medida para o artilheiro, que ajeitou o corpo e deu de calcanhar, de primeira, no fundo das redes. 

“Cresci no Guarani sabendo que o dérbi é um jogo à parte. Você pode perder para todo mundo, menos para a Ponte Preta, e eu nunca perdi. Fazer um gol no dérbi é maravilhoso, de calcanhar, então, foi espetacular. Foi um gol muito importante, bonito, com a camisa do Guarani, clube pelo qual tenho uma paixão imensa. Foi inesquecível”, disse Amoroso, em entrevistao ao Tudo EP. 
 
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Amoroso estava vivendo um sonho naquele dia 02 de abril, mas viu tudo mudar aos 32 minutos, quando se envolveu em uma confusão com um defensor da Ponte Preta e acabou expulso. Antes, na comemoração do gol, ele havia recebido o primeiro cartão amarelo. O segundo cartão o tirou da partida. 

“Não entendi o que fez o juiz me dar o primeiro cartão amarelo. Estava com duas camisas do Guarani. Tirei uma, joguei para a torcida e fiquei com a outra. Qual o problema? Foi um espetáculo no qual o Guarani poderia ter vencido. Ele (o árbitro João Paulo Araújo) acabou prejudicando o nosso time ao me tirar do jogo e favoreceu a Ponte Preta, que empatou. Jogar o dérbi com um a menos é difícil. Eu estava bem no jogo. Fui expulso por uma falta que eu recebi”, recordou Amoroso.  

No segundo tempo, a Ponte Preta cresceu com um jogador a mais e diminuiu com Gaúcho, aos cinco minutos. O empate aconteceu no fim, aos 41, com Careca. Não Antônio de Oliveira Filho, ídolo do Guarani, mas sim Hamilton de Souza, que estragou a festa bugrina, após um bate e rebate dentro da área. 

“A imprensa já dava como certa a vitória do Guarani, pois eles tinham um time muito qualificado, bem superior ao nosso naquele Campeonato Paulista. O Moisés Lucarelli estava lotado e os torcedores saíram satisfeitos com o resultado final. Foi muito emocionante, uma partida muito disputada. Começamos perdendo por 2 a 0 e o Djalminha poderia ter liquidado o jogo, mas acabamos empurrados pelos torcedores, diminuímos com Gaúcho e empatamos com gol meu. Os torcedores ficaram emocionados, ninguém esperava que empataríamos. Foi uma felicidade indescritível ter marcado o gol de empate, foi algo que me marcou muito. Se o tempo pudesse voltar, seria fantástico, mas o tempo passou e o que ficam são as lembranças”, contou Careca, que jogou também por Cruzeiro, Atlético-MG, Coritiba, Londrina, Vila Nova-GO e Sporting, de Portugal. 

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“Eu sempre fui acostumado a clássicos. Participei de muitos, em Minas Gerais, em Portugal, são sempre uma emoção muito grande. O dérbi campineiro tem muita rivalidade. Na época, o Guarani estava melhor, mas acabamos conseguindo empatar. Foi uma festa bonita”, completou Careca. 

O Guarani chegou à fase final do Campeonato Paulista de 1995, mas ficou na lanterna do grupo com Palmeiras, Mogi Mirim e São Paulo. A Ponte Preta acabou rebaixada após ser a última colocada da primeira fase. 

Confira as escalações do dérbi campineiro do dia 02 de abril de 1995:
 
PONTE PRETA: André Dias; Zelão (Carlos André), Pedro Luiz, Beto Médice e Eduardo (Everaldo); Júlio César, Paulo César e Macalé (Dionísio); Careca, Arnaldo Lopes e Gaúcho. Técnico: Geninho. 

GUARANI: Hiran (Narciso); Marcinho, Cláudio, Valmir e Dedé; Fernando, Valdeir, Fábio Augusto e Djalminha (Uéslei); Amoroso e Luizão (Nélio). Técnico: Pepe. 
 
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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo do ACidade ON e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do ACidade ON Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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