As coincidências do dérbi campineiro são impressionantes. Em 1948, no primeiro clássico no Moisés Lucarelli, o Guarani venceu por 1 a 0, acabando com o entusiasmo do adversário em tentar vencer o arquirrival em sua nova casa. A derrota ficou entalada até 1953, quando a Macaca deu o troco e, em clima de revanche, bateu o Bugre por 3 a 0 no primeiro confronto entre os dois realizado no Brinco de Ouro da Princesa.
O PRIMEIRO DÉRBI DO MOISÉS LUCARELLI
Antes da construção do Moisés Lucarelli, a Ponte Preta chegou a mandar seus jogos em dois lugares: no Hipódromo, que localizava-se onde hoje estão o viaduto da Avenida Lix da Cunha e uma unidade do Sesc, e no estádio da Mogiana, que foi tombado em 2009 e fica ao lado da antiga estação Guanabara.
Com a inauguração do Majestoso, a Ponte Preta não via a hora de enfrentar o seu maior rival no estádio, mas o Guarani acabou estragando a festa. No dia 26 de setembro de 2009, um pouco mais de 6 mil torcedores estiveram presentes na nova casa da Macaca e viram de perto o triunfo bugrino por 1 a 0.
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O jogo foi válido pela 2ª Divisão do Campeonato Paulista, o que era chamado de Série Prata. O único gol foi marcado por Zuza, o jogador que mais balançou as redes no dérbi campineiro, de cabeça, aos 41 minutos do primeiro tempo. O árbitro foi Pedro Anunciado Ricci.
Na partida que marcou o primeiro dérbi no Moisés Lucarelli, a Ponte Preta entrou em campo com: Fia; Bruninho e Alcides; Nego II, Pitico e Rodrigues; Damião, Vicente, Cacique, Armandinho e Oliveira.
Já o Guarani teve: Arlindo; Landinho e Gritta; Godê, Luiz de Almeida e Alcides; Alemão, Piolim, Zuza, Renatinho e Xavier.
O CLÁSSICO INAUGURAL DO BRINCO
A Ponte Preta vingou-se do Guarani no dia 7 de junho de 1953, quando venceu o primeiro clássico no Brinco de Ouro da Princesa, por 3 a 0, em uma partida amistosa, que rendeu à Macaca a taça doada por “Porfírio Alfaiate”. A festa foi montada para o Bugre, mas foi a equipe alvinegra quem levou a lembrança para casa.
O público da partida, apitada por João Etzel, não foi registrado. Os gols, no entanto, foram marcados por Nininho, Pitico, de pênalti, e Noca.
No primeiro clássico do Brinco, o Guarani teve: Paulo; Herbert e Palante; Waldir (Nilo), James e Saraiva; Dido, Nonô, Augusto (Romeu), Renato (Piolim) e Araraquara.
A Ponte Preta, por sua vez, contou com: Ciasca; Bruninho e Waldir; Pitico, Carlito Roberto e Carlinhos; Noca, Gatão (Lauro), Nininho, Bibe (Arlindo) e Jansen(Boquita). Técnico: Félix Magno.
Assim como a Ponte Preta, o Guarani chegou a mandar alguns jogos no Hipódromo, mas teve o estádio Guarani FC, o popular “Pastinho”, como sua casa, que ficava em uma rua de terra, travessa da Rua José Paulino, chamada Barão Geraldo de Rezende, no bairro Guanabara. Foi desativado em 1953.