20 de maio de 2024
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Empresas proíbem o uso do ChatGPT; veja os motivos

A medida visa proteger os dados confidenciais das organizações e incentivar o desenvolvimento de soluções internas de IA mais seguras e controladas

Apesar da crescente popularidade do ChatGPT e outros chatbots baseados em inteligência artificial, empresas de vários segmentos estão cada vez mais preocupadas com os potenciais efeitos negativos do uso dessas ferramentas por seus funcionários, especialmente no que diz respeito ao vazamento de informações confidenciais.

Uma pesquisa recente realizada pelo Fishbowl, um aplicativo de networking profissional, divulgada no portal Science Alert, revelou que 43% dos trabalhadores entrevistados utilizam o ChatGPT em suas rotinas de trabalho. O estudo coletou dados de 11.700 profissionais de empresas renomadas como Amazon, IBM, Meta, Twitter, entre outras.

APPLE, SAMSUNG E AMAZON TOMAM MEDIDAS PROIBITIVAS
Entre as empresas que proibiram o uso do ChatGPT está a gigante da tecnologia Samsung, que anunciou a proibição do chatbot e de outras ferramentas de IA em suas redes internas e dispositivos após um engenheiro compartilhar informações confidenciais com a inteligência artificial.

Essa proibição levou a Samsung a desenvolver uma nova ferramenta de IA, inicialmente disponível exclusivamente para seus funcionários.

Em janeiro, a Amazon também tomou medidas similares, banindo o ChatGPT para seus desenvolvedores, alegando que algumas respostas geradas eram semelhantes a dados internos da empresa. A varejista orientou seus funcionários a utilizar sua própria IA interna para programação, chamada CodeWhisperer.

No mês passado, a Apple se juntou à lista de empresas que restringiram o uso do ChatGPT entre sua equipe, citando o temor de compartilhamento de informações internas com o chatbot. Embora a Apple ainda não tenha um projeto de IA definido, recentes vagas de emprego na área de IA generativa indicam que a empresa está considerando investir nesse segmento com cautela. 

 

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OUTROS SETORES ESTÃO PREOCUPADOS
Além do setor de tecnologia, outros setores também demonstraram preocupação com o uso do ChatGPT. O Commonwealth Bank of Australia, um banco multinacional australiano, proibiu sua equipe técnica de utilizar o chatbot, instruindo-os a usar uma ferramenta própria chamada CommBank Gen.ai Studio. Bancos como Bank of America, Citigroup, Deutsche Bank, Goldman Sachs, Wells Fargo & Co e JP Morgan também proibiram firmemente o uso do chatbot da OpenAI.

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A preocupação se estendeu também ao setor de saúde, com pelo menos cinco hospitais na Austrália orientando seus funcionários a pararem de utilizar a ferramenta após casos em que a IA foi usada para escrever registros médicos.

Em um levantamento conduzido pela Reuters, foi constatado que 15% dos profissionais jurídicos de 400 escritórios de advocacia nos EUA, Reino Unido e Canadá receberam alertas sobre o uso do ChatGPT no trabalho.

RESPOSTA DA OPENAI
Diante das preocupações com informações confidenciais, a OpenAI implementou uma importante atualização em abril: o modo incógnito. Esse modo não salva o histórico de conversas dos usuários e impede que os dados sejam utilizados para treinar a IA do ChatGPT, proporcionando melhorias em termos de privacidade e segurança. 

 

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Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é Assistente de Mídias Digitais do Tudo EP, ACidade ON e EPTV Campinas, onde também foi estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para redes sociais.
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