15 de dezembro de 2024
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Tudo Inovação

Inovação ajuda a potencializar ações coletivas em comunidades

Hub da Cidadania Ativa é um espaço que reúne diferentes causas compartilhando ideias para transformar a realidade do bairro

 
O Hub da Cidadania Ativa é um projeto que nasceu em Campinas, idealizado pela Fundação FEAC (Federação das Entidades Assistenciais de Campinas) em parceria com a Casa Hacker que foi fundada em 2018 e tem o propósito de emancipar tecnologicamente pessoas periféricas e a capacidade de grupos organizados de transformar suas realidades.
 
O projeto surgiu para impulsionar o impacto social de comunidades de Campinas e, atualmente, conta com dois hubs em diferentes bairros:  o Quebrada em Movimento, que começou a funcionar em 2021 e tem uma sala no Centro Cultural Jardim Itajaí, na região do Campo Grande; e o Conexão Quilombo Amarais, que começou a ser implementado em março de 2022 e tem uma sala dentro do Grupo Primavera, no Jardim São Marcos. 

O Hub da Cidadania Ativa é algo inovador para transformar todas as ações coletivas de diferentes grupos das comunidades, potencializando os grandes talentos dos diversos territórios. As pessoas se conectam para criar uma agenda única, se encontram e se fortalecem, apoiando quem transforma. “Os coletivos já trabalhavam para dar voz e vez para as suas causas, mas juntos se tornam ainda mais potentes e com maior impacto social onde atuam”, diz Geraldo Barros, idealizador da Casa Hacker, que é um dos responsáveis pela implementação do projeto Hub da Cidadania Ativa nos dois territórios.  
 
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Mapeando os coletivos
 
O primeiro trabalho do projeto Hub da Cidadania Ativa foi mapear os coletivos existentes no território e quais eram suas causas. Dentre eles surgiram grupos ativistas, voltados a arborização, ao combate pobreza, de artistas independentes ou produtores, grupos de voluntários, grêmios, associações, projetos independentes, além de organizações da sociedade civil voltadas a capoeira, futebol, arte, produção musical, artesanato, direitos humanos, estudantes, jornalismo independente, artes marciais, literatura, agricultura e hortas comunitárias, audiovisual, gênero e igualdade. 

“O Hub funciona como um porto seguro dos coletivos. É um espaço para cuidar e fortalecer essas lideranças. Ser um lugar de compartilhamento de ideias e soluções inovadoras que estimulem a parceira e o desenvolvimento com um apoio técnico”, completa Geraldo.  

Espaço físico fortalece a atuação  

Na Casa de Cultura do Parque Itajaí, que acolhe o hub Quebrada em Movimento, foi criado um espaço de coworking, disponível durante a semana inteira, com estação de trabalho equipada com computador e internet, além de sala de aula ou eventos, com som e tela de projeção. “Ter esse espaço comum é muito importante para fortalecer os trabalhos que os coletivos já realizam na comunidade”, destaca Geraldo.  

Já o Conexão Quilombo Amarais, conta com um espaço dentro do Grupo Primavera, no Jardim São Marcos, e conta com outros 10 coletivos. A sede do hub possui sala de reunião, área externa, internet, computadores, impressoras, kits de gravação e outros equipamentos disponíveis aos coletivos.
“Conseguimos criar espaços comunitários dentro dos territórios onde as pessoas podem usar para discutir questões do bairro, suas causas, e que tem computador e impressora para a produção de material necessário a essas ações. Temos visto o quanto isso tem sido importante para o fortalecimento desses coletivos e desenvolvimentos de novas ideias”, destaca Geraldo.  

Além disso, os coletivos recebem capacitação técnica que trazem temas como marketing de causa, inclusão digital para lideranças, captação de recursos, mentorias coletivas que ajudam a pensar estratégias e articulações. “As oficinas que os coletivos participam ajudam a desenvolver um plano de ação, além de formas de captar recursos, inovar e apresentar soluções”, afirma Geraldo.  

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Os coletivos podem ainda ter acesso ao Capital Semente, fornecido pelo Hub, a partir de um plano de ação. “É muito comum vermos esses coletivos colocando dinheiro do bolso para conseguir realizar ações de impacto social”, diz Geraldo. Ele exemplifica com um coletivo que ensina pré-adolescentes a jogar futebol: “Todos os meses eles precisavam comprar uma bola nova, que custa em média R$ 150,00. Com o Capital Semente é possível prever esses gastos evitando que os coletivos assumam esse custo”.
 
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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo digital do acidade on e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do acidade on Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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