14 de dezembro de 2024
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Como a interoperabilidade vai impulsionar economias na saúde

Há quase 130 anos, desde que o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen descobriu que a utilização de raios-x possibilita ver imagens de dentro do corpo dos pacientes em 1895, a tecnologia desempenha um papel importante na saúde. Os últimos anos foram marcados por avanços significativos neste segmento, aperfeiçoando ainda mais as práticas de assistência.   Contudo, […]

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Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

Há quase 130 anos, desde que o físico alemão Wilhelm Conrad Roentgen descobriu que a utilização de raios-x possibilita ver imagens de dentro do corpo dos pacientes em 1895, a tecnologia desempenha um papel importante na saúde. Os últimos anos foram marcados por avanços significativos neste segmento, aperfeiçoando ainda mais as práticas de assistência.  

Contudo, a fragmentação dos sistemas de informação de saúde ainda é um grande desafio para todo segmento. Sem uma troca de dados efetiva, o compartilhamento e o acesso de dados entre diferentes entidades de saúde se torna quase impossível. 

Neste cenário que se ressalta a importância da interoperabilidade. Ao permitir que diferentes sistemas tenham a capacidade e eficácia na hora de trocar e usar informações, conseguimos beneficiar toda a cadeia produtiva, proporcionando um atendimento melhor e mais humanizado e ainda impulsionando economias, sejam elas de tempo ou financeiras no setor de saúde. 

Tendência global 

A interoperabilidade garante o fácil acesso e compartilhamento dos dados do paciente entre diferentes prestadores de serviços de saúde, sistemas de registro médico eletrônico (EMR), hospitais, laboratórios e outras entidades de saúde de forma segura e em tempo real. 

Será uma verdadeira socialização da informação. Isto vai abrir inúmeras oportunidades de melhorar as condições de atendimento dos pacientes. Novos produtos serão lançados, criando tendências e apresentando soluções inovadoras. E, por fim, a economia virá junto, acompanhando este processo. 

Por isso, a interoperabilidade vem sendo tratada como uma tendência global. O tema foi o grande destaque da HIMSS (Healthcare Information and Management Systems Society) 2024, que aconteceu entre os dias 11 e 15 de março, em Orlando, na Flórida (EUA). Diversos fornecedores deixaram claro que a informação fluida é crucial para a continuidade do cuidado. 

Sistemas que viabilizam o intercâmbio protegido de dados entre dispositivos e plataformas diversas, enfatizando a efetividade da prestação de cuidados ao paciente, apontam que devemos, muito em breve, entrar em uma era de colaboração sem igual entre variados provedores de assistência. Desta forma, os pacientes recebem um cuidado ininterrupto e de elevada qualidade, independentemente de sua localização no sistema de saúde. 

Ou seja, se você tiver alergia a um determinado remédio e passar mal em alguma viagem, mesmo estando desacordado e sem nenhum acompanhante, este medicamento não será utilizado, já que a equipe médica terá acesso a esta informação. 

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Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

Atualmente, ainda presenciamos um sistema de saúde fragmentado, no qual os profissionais de saúde não têm acesso às informações necessárias para tomar decisões bem informadas, e os pacientes precisam repetir exames e procedimentos, aumentando os custos e atrasando o tratamento. E esse modelo não deve se sustentar por muito mais tempo. 

Impulsão das economias 

Deixando claro que o principal benefício da interoperabilidade é melhorar a qualidade do atendimento ao paciente e aumentar a eficiência do sistema, é preciso destacar que ela também trará alguns benefícios econômicos neste caminho. 

Redução de custos operacionais

Prestadores de serviços de saúde podem eliminar redundâncias nos processos administrativos e de documentação, reduzindo custos operacionais significativos.  

Maior agilidade

A capacidade de compartilhar dados de forma eficiente reduz o tempo gasto em tarefas administrativas, permitindo que os profissionais de saúde se concentrem mais na prestação de cuidados. 

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Diagnóstico e tratamentos mais eficazes

O rápido acesso ao histórico médico completo de um paciente, independentemente de onde tenham sido tratados anteriormente, leva a diagnósticos mais rápidos e precisos, reduzindo o tempo necessário para determinar planos de tratamento adequados. Como resultado, os pacientes recebem cuidados mais eficientes e direcionados, reduzindo o tempo de internação e os custos associados. 

Análise preditiva de dados

Técnicas estatísticas, algoritmos de machine learning e inteligência artificial para fazer previsões sobre eventos futuros ou tendências com base em dados históricos e padrões identificados. 

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Imagem gerada por Inteligência Artificial (IA)

Prevenção de readmissões hospitalares

Com os avanços da análise preditiva, se tornará mais fácil identificar melhor fatores de risco e implementar medidas para evitar readmissões hospitalares desnecessárias. Isso não apenas melhora os resultados dos pacientes, mas também reduz os custos associados à prestação de cuidados adicionais. 

Facilitação da pesquisa e desenvolvimento de medicamentos

Pesquisadores podem realizar análises mais robustas, identificar padrões e tendências com maior precisão e acelerar a descoberta de novos tratamentos e terapias ao obter mais informações dos pacientes. 

O que falta? 

O Brasil ainda enfrenta grandes obstáculos, como a falta de padronização e de sistemas que sejam compatíveis entre si. 

Mesmo diante de todas as vantagens apontadas, algumas pedras ainda atrapalham o caminho da troca de dados. A fragmentação dos dados e ineficiências operacionais insistem em dificultar a prestação de serviços, com dados desatualizados, atrasos na entrega de cuidados e decisões clínicas menos informadas.  

Frequentemente, também vemos que algumas instituições que desenvolvem sistemas de saúde não mostram interesse em compartilhar seus dados com outras, pois isso pode resultar em perda de participação de mercado. Por isso, é crucial que o governo assuma um papel ativo na promoção da interoperabilidade, incentivando a padronização e estabelecendo políticas que facilitem a troca de informações entre sistemas de saúde. 

Já sabemos que existe uma ferramenta poderosa para transformar fundamentalmente a maneira como os serviços de saúde são entregues e gerenciados. A interoperabilidade não vai apenas impulsionar um grande ganho de qualidade do atendimento, mas também trará ganhos de economias substanciais no setor de saúde. Quem apostar nessa solução investirá no que será o futuro da assistência médica. 

Valter Lima, CEO da CTC | Itshow

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