Na última sexta-feira (27), a AGU (Advocacia-Geral da União) protocolou na Justiça Federal uma nova ação para bloquear bens de investigados pelos atos golpistas. No pedido, o órgão quer confiscar o patrimônio de 42 pessoas físicas que foram presas em flagrante no dia do ato. A depredação das sedes dos Três Poderes aconteceu no dia oito de janeiro.
Até este momento, o prejuízo estimado pelas autoridades, com a depredação das instalações do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal), é R$ 18,5 milhões. Com a ação, a AGU pretende que todos os envolvidos nos atos e que foram identificados respondam solidariamente pelo prejuízo causado pela depredação do patrimônio público.
As três ações protocoladas pela AGU já envolvem o bloqueio dos bens de 134 investigados, sendo 82 acusados que participaram das depredações, além de 52 pessoas e sete empresas que financiaram o fretamento de ônibus para participar dos atos antidemocráticos em Brasília
VEJA TAMBÉM
Boate Kiss: dez anos depois do incêndio, ninguém está preso
São Paulo tem 195 casos no ano de feminicídio
ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS
Desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.
As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
LEIA MAIS
Semana de alta-costura em Paris: o inferno de Schiaparelli desperta polêmica