20 de maio de 2024
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Censo do IBGE aponta 49 milhões de pessoas sem acesso a rede de esgoto

Censo foi realizado em 2022 e informações vieram a público nesta sexta (23) com dados preocupantes; entenda o cenário do saneamento no país

esgoto, sujeira
O número de cidadãos que não possuem esgotamento adequado representa quase ¼ da população (Foto: Freepik)

Aproximadamente 49 milhões de brasileiros não tem acesso a rede de esgoto, é o que mostrou o Censo 2022 realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgado nesta sexta-feira (23).

Os dados apontam para um cenário inadequado em que pessoas despejam dejetos em lugares irregulares, expostas ao risco de doenças como cólera e esquistossomose além de contribuir para ocorrência de problemas ambientais relacionados a contaminação de rios e mananciais.

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Dados

No Brasil, em 12 anos, houve um aumento de 10% na coleta de esgoto, mas esse número ainda é baixo e demonstra a lentidão para que ocorram mudanças. Dos 49 milhões de entrevistados sem acesso a rede de esgoto, o destino dos dejetos é feito da seguinte forma

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  • 39 milhões em fossas rudimentares ou buracos
  • 4 milhões em rios, lagos ou mar
  • 6 milhões em valas ou outros locais não especificados

Além disso, mais de 1 milhão da população disse não ter banheiro nem sanitário e, em quase 3 mil municípios, menos da metade das pessoas moram em locais com coleta de esgoto.

Os piores cenários estão na Região Norte, onde cerca de 25% dos habitantes não destinam corretamente o esgoto. No Amapá apenas 10,9% dos moradores acessam rede adequada de esgotamento.

Lixo

Segundo o Censo 2022 do IBGE, há 18,4 milhões de brasileiros descartando o lixo de maneira irregular, o que representa 1 em cada 10 cidadãos. As práticas vão desde a queima dos resíduos até o enterramento próprio.

De modo geral, os dados apontam que a quantia de pessoas atendidas por coleta direta ou indireta do lixo tem aumentado, os números ao longo das últimas décadas foram

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  • 76,4% em 2000
  • 85,8% em 2010
  • 90,9% em 2023

As desigualdades regionais, no entanto, também afetam a forma como está distribuído este percentual, enquanto o Estado de São Paulo conta com 99% de lixo recolhido, o Maranhão tem apenas 69,8%.

Riscos

Os riscos relacionados a má gestão dessas áreas de saneamento no Brasil, são graves. Quando se fala na ausência do tratamento de esgoto as pessoas estão vulneráveis a muitas doenças dentre as quais

  • Cólera
  • Hepatite
  • Esquistossomose
  • Amebíase

O lixo, por sua vez, quando descartado inadequadamente atrai insetos e outros animais como o rato, esses que são responsáveis pela transmissão de doenças como dengue e leptospirose. O líquido residual encontrado no lixo chamado chorume pode contaminar mananciais. Quando queimado esse material, lança ao ar muitas toxinas.

*Com informações de Agência Estado

**Sob supervisão de Marcos Andrade

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Janaína Boaventura
Estagiária no Tudo EP e nA Cidade ON, é graduanda em Estudos Literários pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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