Cada vez mais, há mulheres que vão aos Estados Unidos para dar à luz. O motivo principal desse movimento é fazer com que o filho tenha cidadania americana, já que, pela legislação do país, qualquer um que nasça em seu território tem os direitos e deveres de um cidadão dos EUA.
A prática, conhecida como “turismo de nascimento”, já atraiu diversas celebridades, como as cantoras Claudia Leitte e Simone Mendes, por exemplo. Apesar de todo o procedimento ser legal no país, é preciso que a gestante tenha condições de pagar pelos serviços médicos de forma particular. Ou seja, quem quer ter um filho nos Estados Unidos precisa, em primeiro lugar, desembolsar uma boa quantia em dinheiro.
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Como lidar com as diferentes personalidades dos filhos?
Os custos da passagem e estadia no país, somados aos gastos hospitalares costumam ser exorbitantes. De acordo com reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, há relatos de casais que pagaram R$ 100 mil só com o parto, mas a conta total chegou perto dos R$ 250 mil ao adicionar hospedagem, alimentação e transporte na cidade.
Para ajudar no planejamento de ter um filho em solo americano, há serviços que prestam uma assessoria específica, como é o caso do “Ser Mamãe em Miami“. Criado em 2015, pelo pediatra brasileiro Wladimir Lorentz, ele é um dos pioneiros em prestar apoio integrado em obstetrícia e pediatria às gestantes estrangeiras.
SEGURO SAÚDE PARA TER FILHO NOS EUA
Dentro do planejamento financeiro, o serviço recomenda incluir um seguro saúde internacional para toda a família, com cobertura adicional de parto e complicações perinatais. Mas, para isso, é preciso ter um planejamento feito com bastante antecedência, já que a cobertura adicional só é possível quando ele é adquirido antes do início da gravidez.
Gestantes devem considerar ter um filho nos Estados Unidos, ou em qualquer outro país, apenas em casos em que a gestação não seja de risco, mas o seguro também ajuda em possíveis intercorrências. Porém, não é recomendado contar com um possível seguro público, já que ele não é um direito automático do cidadão americano, e sim destinado para aqueles que tenham baixa renda comprovada.
O PARTO E O PÓS-PARTO
Em relação ao processo de viajar de avião até o país, uma janela considerada segura é por volta da 32ª semana de gravidez, que é quando costuma começar o atendimento obstétrico para pacientes internacionais. Assim, as consultas são feitas quinzenalmente, até 36 semanas, e semanalmente a partir de então. Ou seja, questões de passagem e estadia precisam ser pensadas considerando esse período de tempo.
Com o parto realizado em solo americano, o processo para conseguir a documentação do recém-nascido é relativamente simples e pode ser feito pelos próprios pais. Os passaportes americano e brasileiro do bebê conseguem ser solicitados, respectivamente, no Departamento de Estado Americano e no Consulado Brasileiro. O custo do serviço fica em torno de US$ 250 (cerca de R$ 1.207 na cotação atual).
Assim, o retorno ao Brasil deve ser feito quando o bebê estiver com pelo menos seis semanas de vida, para que o pediatra possa acompanhar o desenvolvimento inicial dele e aplicar as primeiras vacinas.
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