12 de junho de 2024
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Escola do MST será reconstruída após ação do Estado

Escola em assentamento do Movimento Sem Terra havia sido demolida em 2020 em ação de reintegração de posse

 

 

 Em Campo do Meio, cidade localizada no Sul de Minas Gerais, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deu início à reconstrução da Escola Popular Eduardo Galeano no quilombo Campo Grande no domingo (20). A estrutura havia sido demolida em uma ação do Estado, através da Polícia Militar, em 2020. 

Segundo o MST, a escola foi construída pelas famílias para garantir acesso à educação de crianças, jovens e adultos no acampamento que existe há mais de 20 anos. Após 56 horas de resistência, a escola e outras estruturas foram demolidas em operação de reintegração de posse.

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Para a mestre em serviço social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Michelle Neves Capuchinho, a reconstrução da escola marca a esperança. “O despejo de 2020 tentou destruir um sonho. Hoje é um dia onde a gente vai comemorar essa grande conquista”, diz.

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REINTEGRAÇÃO

No primeiro ano da pandemia da covid-19, em 12 de agosto de 2020, a Polícia Militar de Minas Gerais (PM-MG) cumpriu mandado de reintegração de posse, concedido pelo juiz Roberto Apolinário de Castro. A ação de reintegração de posse previa a desocupação do acampamento e a desativação da Escola Popular Eduardo Galeano que, à época, dava assistência a alunos da rede pública em ensino remoto.
 

Segundo o MST, o movimento estava no local há 20 anos abrigando 450 famílias e cerca de 2 mil pessoas em um terreno de uma antiga usina. A estratégia para conter a reintegração foi ganhar tempo enquanto o apoio de personalidades e políticos era obtido para reverter a desocupação.

Ainda, um documento assinado pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos (Conedh), pela presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Minas Gerais (OAB-MG), pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais e pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedese) foi enviado ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG) alertando para os riscos da ação em período pandêmico.

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A área acabou sendo reintegrada em favor de um empresário que comprou a Usina Ariadnópolis. Ele chegou a fazer um acordo para empregar os acampados com carteira assinada, o que não foi aceito pelo MST. O assentamento continua em Campo do Meio.

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