Nesta segunda-feira (6), um idoso de 69 anos foi preso em Estiva (MG) por injúria racial. A vítima, um homem de 33 anos, encontrou o idoso deitado no chão, na porta de um bar, enquanto passava pelo local de bicicleta. Ele notou que o idoso estava passando mal e aparentava estar tendo uma convulsão, por isso, ele decidiu parar e prestar socorro. Porém, quando o suspeito retomou a consciência, começou a agredir verbalmente o homem que o havia ajudado dizendo: “não gosto de preto, preto para mim é tudo vagabundo”.
A vítima estava acompanhada de uma mulher, que presenciou os fatos e gravou um vídeo mostrando o momento das agressões. O homem acionou a polícia e registrou Boletim de Ocorrência.
A Polícia Militar fez buscas e realizou a prisão do suspeito na casa de um amigo, na estrada do Bairro Lagoa, nas proximidades do local onde teriam ocorrido as injúrias.
O idoso foi preso em flagrante por crime de injúria e encaminhado para a delegacia de Pouso Alegre (MG). A Polícia Civil informou que o homem foi levado para o presídio. Ele teria negado a ocorrência do crime.
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INJÚRIA RACIAL E RACISMO
No início deste ano, em janeiro, o presidente Lula sancionou a lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, que é inafiançável e imprescritível.
Antes da legislação, a pena para injúria racial era de reclusão de um a três anos e multa, porém, com a sanção, a punição passa a ser prisão de dois a cinco anos, sendo a pena dobrada se o crime for cometido por duas ou mais pessoas.
A injúria racial é caracterizada quando a honra de uma pessoa específica é ofendida por conta de raça, cor, etnia, religião ou origem.
Já o racismo ocorre quando o agressor atinge um grupo ou coletivo de pessoas, discriminando uma raça de forma geral.
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