Na noite desta terça-feira (21), o governo de Israel aprovou o acordo mediado pelo Catar para uma trégua temporária com a Faixa de Gaza. Com isso, cinquenta mulheres e crianças israelenses detidas no enclave palestino serão libertadas em troca de um cessar-fogo de quatro dias.
Também é esperado que 150 mulheres e crianças palestinas sejam libertadas de prisões em Israel. Entretanto, os estrangeiros que estão sendo mantidos como reféns não foram incluídos no acordo principal. Ainda assim, essas pessoas podem fazer parte de acordos separados que garantam sua liberação durante a trégua.
Como parte do acordo, ao menos 300 caminhões de ajuda humanitária, incluindo combustível, serão autorizados a entrar na Faixa de Gaza.
Israel concordou em não pilotar drones durante seis horas por dia. Mas o governo assegurou que a guerra contra o Hamas deve continuar posteriormente, e Israel se recusará a permitir que os palestinos retornem às suas casas no norte de Gaza.
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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, pediu na noite desta terça-feira, 21, em pronunciamento de rádio e TV o apoio de seu gabinete para aprovar o acordo.
O pedido público do primeiro-ministro serviu como pressão política, sobretudo sobre a ala mais radical do gabinete, ligada a partidos religiosos e de colonos judaicos na Cisjordânia, que hesitam em dar o sinal verde para a aprovação.
“Estamos diante de uma decisão difícil, mas é a decisão correta”, disse Netanyahu em pronunciamento na TV. “Os órgãos de inteligência (Mossad e Shin Bet) aprovam o acordo. A guerra tem seus estágios e a libertação de reféns é um deles. Apesar disso, não descansaremos até alcançar a vitória total e trazer todos de volta.”
Além disso, também foram registrados em Tel-Aviv protestos de israelenses para pressionar o governo a aprovar a troca. O gabinete de crise de Netanyahu também se reuniu nos últimos dias com parentes dos reféns, que pediram esforços para a libertação
Inicialmente, a posição pública do Israel era de linha dura, recusando qualquer proposta de cessar-fogo até a libertação de todos os reféns. Após 46 dias de guerra, com morte de reféns no período, Israel mudou sua posição.
*Com informações de agências internacionais e Agência Estado
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