Kleiton Ferreira, um juiz federal alagoano, tem feito sucesso nas redes sociais com o modo bem-humorado que conduz suas audiências. Ainda que tenha nascido em Arapiraca, Agreste de Alagoas, ele atua fora do estado e, em seu perfil no Instagram, tem cativado seus mais de 200 mil seguidores ao falar sobre assuntos sérios com linguagem simples.
Os vídeos compartilhados por Kleiton mostram trechos de suas audiências, onde ele brinca com os presentes, deixando todos confortáveis. Em um dos registros, ele e uma senhora caem na risada quando ela conta que seu advogado pegou em sua mãe para ajudá-la a assinar um documento presente na audiência, pois ela não sabia ler e escrever.
“Mas o que vale era a intenção da senhora”, o juiz diz para a mulher, que buscava a aposentadoria. Em seguida, ele comunica para a senhora que ela conseguirá se aposentar, fazendo com que a mulher se emocione. Rapidamente, Kleiton pede que ela não chore, pois acabaria chorando também.
@tudoep Kleiton Ferreira, um juiz federal alagoano, tem feito sucesso nas redes sociais com o modo bem-humorado que conduz suas audiências. Ainda que tenha nascido em Arapiraca, Agreste de Alagoas, ele atua fora do estado e, em seu perfil no Instagram, tem cativado seus mais de 200 mil seguidores ao falar sobre assuntos sérios com linguagem simples. Os vídeos compartilhados por Kleiton mostram trechos de suas audiências, onde ele brinca com os presentes, deixando todos confortáveis. Em um dos registros, ele e uma senhora caem na risada quando ela conta que seu advogado pegou em sua mãe para ajudá-la a assinar um documento presente na audiência, pois ela não sabia ler e escrever. #tudoep #juiz #bem som original – tudoep
Em seu Instagram, Kleiton fala sobre o que é preciso para ser um bom juiz. “Não existe glamour em ser um juiz, em ser uma autoridade. Não existe poder que possa fazer você se tornar alguém respeitado pelas pessoas se você não conseguir entender que você é só mais um igual a todos”.
Na rede social, ele também conta as dificuldades que passou até conseguir ser aprovado no concurso para juiz federal. Segundo Ferreira, ele tentou vestibular para medicina, foi entregador de móveis, passou no concurso dos Correios e até mesmo cursou biologia. Além disso, ele também foi tributarista.
“Foram 10 anos, sendo que nos seis primeiros eu vivi muito bem, muito feliz. Mas uma inquietação me fez perceber que, para eu ter segurança, eu precisava de um concurso público”, contou.
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JUÍZA GRITA COM TESTEMUNHA
Por outro lado, uma sessão do TRT-12 (Tribunal Regional do Trabalho da 12º Região) viralizou na internet ao mostrar o momento em que a juíza substituta Kismara Brustolin começa a gritar com uma testemunha por ele não ter se referido a ela como “Excelência”. A magistrada atua na Vara de Xanxerê, no interior de Santa Catarina, e ganha um salário de R$ 33,9 mil.
A audiência de instrução virtual aconteceu no dia 14 de novembro. Nela, Kismara gritou com uma testemunha e decidiu desconsiderar seu depoimento por ela ter “faltado com a educação”. Agora, a juíza será alvo de uma investigação interna e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), para apurar a irregularidade de sua conduta.
“Eu desconsiderei o depoimento desta testemunha porque faltou com a educação. Se o senhor quer registrar os protestos, eu aceito e, depois, o senhor pode recorrer, fica no seu direito”, justificou a magistrada ao advogado, que acompanhava a cena em silêncio. “Ele (testemunha) não cumpriu com a urbanidade e a educação”, disse a juíza em um trecho da sessão.
O homem parece confuso. A magistrada, então, manda ele repetir a frase. “O senhor não é obrigado, mas se o senhor não disser isso o seu depoimento termina por aqui e será totalmente desconsiderado”, avisa. Kismara ainda o chama de “bocudo”. A testemunha tenta retomar o relato, mas a juíza determina que o homem seja removido da sala de audiência virtual, o que é cumprido por um servidor da Justiça do Trabalho.
De acordo com o currículo da magistrada no TRT, Brustolin começou a sua carreira no Judiciário como estagiária na 1º Vara Criminal de Chapecó. Já no tribunal do trabalho de Santa Catarina, ela foi técnica e analista judiciária e trabalhou nas varas do trabalho de São Miguel do Oeste, Xanxerê e Criciúma.
Após o ocorrido, a seccional da OAB-SC (Ordem dos Advogados do Brasil em Santa Catarina) pediu “providências” ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região. A entidade afirma que a juíza “apresentou atitudes e comportamentos agressivos”.
O TRT suspendeu Kismara Brustolin das atividades e instaurou um procedimento para apurar irregularidade na conduta da magistrada “A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico”, disse o tribunal catarinense.
A CNJ (Corregedoria Nacional de Justiça) também instaurou nesta quarta-feira (29) uma reclamação disciplinar sobre as ações da juíza substituta.
*Com informações da Agência Estado
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