O presidente Luiz Inácio Lula da Silva atuou para que o CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) concedesse um empréstimo de US$ 1 bilhão à Argentina. De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo, a operação ocorreu em agosto, com o objetivo de ajudar Sergio Massa, atual ministro da Economia e candidato à Presidência do país vizinho.
O empréstimo também teria o intuito de frear o avanço de Javier Milei, candidato da extrema-direita que disputa a liderança das pesquisas de intenção de voto no primeiro turno das eleições presidenciais argentinas, que acontece em três semanas. Tanto o Palácio do Planalto quanto a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, negam a interferência.
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Entretanto, segundo a reportagem do O Estado de São Paulo, Sergio Massa conseguiu o acordo para liberar US$ 7,5 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional), com autorização do Brasil. Atualmente, a Argentina passa por uma crise econômica, com inflação de mais de 100% ao ano e sem qualquer reserva de dólares.
Para ajudar a Argentina, o governo brasileiro precisava autorizar, em agosto, uma operação para que o CAF liberasse o empréstimo. Com participação de 37,3% no capital da entidade, o Brasil é hoje o país com maior peso e influência nas decisões do banco.
Embora Tebet negue informação, ela é governadora do Brasil no CAF e a operação não poderia ter acontecido sem o seu aval. Com a permissão da ministra, os países-membros do CAF aprovaram a transferência de US$ 1 bilhão para o FMI, em nome da Argentina. Dos países que compõem o CAF, 21 votaram a favor. Apenas o Peru votou contra.
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