Com 4 mil quilômetros quadrados, o maior iceberg do mundo começou a se mover após mais de três décadas imóvel no Mar de Weddel, na Antártica. Batizado como A23a, ele é quase três vezes maior que a cidade de São Paulo e passou a se movimentar por causa dos ventos e correntes marítimas.
Segundo cientistas, é provável que o A23a seja lançado na Corrente Circumpolar Antártica em direção ao Atlântico Sul, de onde deve seguir uma rota conhecida como “iceberg alley”. Esta trajetória foi explorada por Ernest Shackleton em 1916, quando ele perdeu sua embarcação, o Endurance, e precisou escapar da Antártida.
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PERIGO
O A23a pode representar um perigo para a Ilha da Geórgia do Sul. Isso porque, se ele encalhar na região, vai prejudicar a vida selvagem local, impactando negativamente rotas de forrageamento de milhões de aves marinhas, pinguins e focas.
Entretanto, é um equívoco pensar nos icebergs apenas como um perigo. Afinal, à medida que eles derretem, liberam um tipo de pó mineral que foi incorporado ao gelo quando a estrutura ainda era parte dos glaciares que raspavam o leito rochoso da Antártida.
Acontece que essa “poeira” é uma fonte de nutrientes para organismos responsáveis por gerar a base das cadeias alimentares dos oceanos. “Em muitos aspectos, esses icebergs dão vida. Eles são o ponto de origem de muita atividade biológica”, explicou Catherine Walker, do Instituto Oceanográfico Woods Hole, ao g1.
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