A discussão no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a descriminalização do porte de drogas foi suspensa nesta quarta-feira (2), a pedido do ministro Gilmar Mendes, sem prazo para ser retomada. O magistrado pediu mais tempo para analisar os votos apresentados e prometeu liberar o processo nos próximos dias.
Atualmente é considerado crime adquirir, guardar e transportar entorpecentes para consumo pessoal. No julgamento, os ministros não vão tratar da venda de drogas, que vai seguir como ilegal.
Nesta quarta, o ministro Alexandre de Moraes foi o único a votar e ele defendeu a descriminalização do porte de maconha para consumo pessoal, mas afirmou que é necessário uma quantidade fixa, que seria de 25 a 60 gramas da droga, para diferenciar o usuário do traficante.
O debate no STF volta à tona tendo como base um recurso apresentado em 2011, após o flagrante de um homem que portava 3g de maconha dentro do centro de detenção provisória de Diadema, em São Paulo.
LEIA TAMBÉM
Cristiano Zanin toma posse no cargo de ministro do STF
Moraes multa Monark em R$ 300 mil e manda investigar desobediência
A Defensoria Pública questiona decisão da Justiça de SP que manteve o homem preso. Entre outros pontos, a defensoria diz que a criminalização do porte individual fere o direito à liberdade, à privacidade, e à autolesão.
O placar está em quatro a zero pela descriminalização. Os ministros Edson Fachin e Roberto Barroso votaram para restringir a liberação do porte apenas para maconha. O ministro Gilmar Mendes votou, em 2015, a favor da descriminalização da posse de drogas para uso pessoal.
LEIA MAIS
Relator aceita denúncia contra Zambelli no Conselho de Ética