O inverno deste ano está sendo um pouco atípico no Brasil, com termômetros podendo atingir a marca de 34ºC na última semana de agosto. Apesar da onda de calor não ser algo tão incomum nesta estação, especialistas acreditam que as altas temperaturas podem estar relacionadas ao El Niño, que começou no mês de junho, apresentando características distintas do normal.
Este fenômeno é uma das explicações para os dias mais quentes, já que aquece as águas do Oceano Pacífico e impede a chegada de frentes frias no Brasil. Com a ausência da massa de ar frio por aqui, a intensa energia solar recebida tem como única alternativa se transformar em calor.
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O próprio secretário-geral da OMM (Organização Meteorológica Mundial), Petteri Taalas, já chegou a afirmar que o início de um episódio de El Niño tem o potencial de desencadear recordes de temperatura e ondas de calor em várias partes do planeta, tanto em terra quanto no oceano.
Neste ano, diversos recordes climáticos foram quebrados ao redor do globo terrestre, e mais ápices de temperatura podem surgir. Análises da OMM apontam uma probabilidade de 66% de que a média anual de aquecimento ultrapasse 1,5°C entre 2023 e 2027, destacando a preocupante intensificação do aquecimento global.
Além disso, os efeitos do fenômeno El Niño podem ser duradouros, causando impactos significativos. De acordo com publicação do Climatempo, o ciclo anterior, que ocorreu entre 2014 e 2015, contribuiu para o aumento das temperaturas globais no ano seguinte, em 2016, marcado por níveis recordes de calor. Com isso, espera-se que os efeitos do El Niño atual ainda possam ser sentidos em 2024.
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