O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), deu uma declaração polêmica na tarde desta quarta-feira (30). O discurso ocorreu durante o lançamento de um programa que prestará apoio às mulheres vítimas de violência durante o Carnaval.
O mineiro falava sobre trabalhar para tornar o Carnaval um produto diferenciado do estado, garantindo a segurança e tranquilidade dos foliões, quando comparou sua administração com a empresa que presidia antes de virar político. Zema disse que sua empresa está entre as melhores para se trabalhar no Brasil, já que os trabalhadores são tratados com respeito.
LEIA TAMBÉM
Ministro Barroso defende regulamentação da inteligência artificial
Carnaval: SP terá policiais à paisana em blocos
Qual foi a fala polêmica de Romeu Zema?
No evento, Zema disse: “E é muito perigoso rotular. No Brasil, a coisa mais comum que acontece é rotular: se alguém é homem, branco, heterossexual e bem-sucedido, pronto: rotulado de carrasco. Parece que não pode ser humano. Mas, pode, sim. Dá para ser humano. Qualquer rótulo é perigoso. Há político honesto e desonesto; empresário honesto e desonesto”, declarou Zema. “Temos que começar a ver cada caso como um caso. Perigosíssimo essa questão de rotular”.
Intitulado “Acolhe minas”, em um trocadilho entre o nome do Estado e a gíria para se referir às mulheres, o programa do governo mineiro oferecerá espaços para acolhimento, atendimento psicossocial, suporte emocional, orientação jurídica e encaminhamentos durante as festividades.
O Carnaval de Belo Horizonte cresceu nos últimos anos a ponto de se tornar um dos principais eventos no calendário turístico de Minas Gerais. Tradicionalmente, o protagonismo político e a organização são da prefeitura, mas neste ano Zema tem buscado dividir as atenções com mais medidas direcionadas especificamente para o evento, o que gerou rusgas com o prefeito da capital mineira, Fuad Noman (PSD-MG).
*Com informações da Agência Estado
LEIA MAIS