A idade chega para todo mundo, inclusive para nossos pets. E, com ela, vêm também algumas mudanças. Hoje em dia, o cão alcançou o papel de umas das espécies domésticas mais próximas do homem devido a estreita relação criada. Tudo graças a participação ativa na vida social tornando-se parte importante de muitas famílias humanas, gerando em seus tutores um sentido de responsabilidade. Graças aos avanços modernos em tecnologia, saúde e nutrição, houve um aumento no tempo de vida média dos nossos cães.
De acordo com o médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Francis Flosi, nesse cenário, a deterioração da saúde física e/ou mental dos cães mais velhos torna-se comprometida pelas alterações fisiológicas e comportamentais e pela própria demanda de cuidados que o animal começa a necessitar, como por exemplo: levantar a tigela de comida, forrar o piso com tapetes antiderrapantes, instalação de rampas e luzes noturnas, além de uma rotina com medicações durante o dia e a noite, que termina por deteriorar o vínculo entre tutor-cão. Mas quando posso dizer que o meu paciente se torna Idoso ou geriátrico?
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De acordo com o especialista, na geriatria humana, a determinação do paciente “geriátrico”, que necessita de maiores cuidados e acompanhamento médico e familiar, considera não apenas a idade do idoso, mas também alterações que são classificadas dentro da síndrome da fragilidade.
O paciente portador da síndrome apresenta alterações como: perda de peso, fraqueza, fadiga de mobilidade e baixos níveis de atividade, que determinam um aumento da vulnerabilidade e uma diminuição da função física do paciente geriátrico.
É preciso destacar que o envelhecimento não é um processo patológico, mas sim um processo natural e progressivo dos estágios da vida, desde a concepção até o desenvolvimento, maturação e a senescência de cada indivíduo. Contudo, o envelhecimento muda a qualidade de vida do animal de estimação e do tutor, e isso precisa ter aplicação prática na rotina veterinária, tanto na medicina preventiva, como alertando os tutores sobre o processo, pois precisamos avançar além dos motivos porque o corpo envelhece e chegar ao que acontece quando as coisas desmoronam na vida dos nossos pacientes e suas famílias.
O especialista explicou que muitos tutores foram orientados sobre as mudanças fisiológicas associadas ao envelhecimento, incluindo mudanças na condição corporal, processos metabólicos e habilidades sensoriais, mas quase nunca são orientados sobre as alterações comportamentais e cognitivas associadas ao aumento da idade (e que podem ou não resultar na síndrome da disfunção cognitiva).
O comportamento animal é regulado por órgãos sensoriais, sistema nervoso central e o sistema musculoesquelético, entre outros, de modo que qualquer doença que afete o funcionamento do organismo provocará uma mudança no comportamento. As alterações comportamentais estão entre os sinais mais precoces de diversas doenças.