Para celebrar o Dia Internacional da Felicidade, comemorado nesta segunda-feira (20), o CFQ (Conselho Federal de Química) está disponibilizando a cartilha A Química das Emoções. A entidade destaca a importância de o ser humano manter o bem-estar em dia e lembra que a felicidade é um processo químico que começa no cérebro.
A cartilha descreve todos os hormônios produzidos pelo corpo humano e como eles interferem no nosso estado físico e mental, envolvendo os vários sentimentos que “vamos experimentando em cada ocasião, ao longo do dia”, disse o conselheiro Jonas Comin.
Em alusão à data, Comin destacou a endorfina, que é denominado o hormônio da felicidade. Esse neurotransmissor ajuda na superacao de vicios, na modulacao da dor, no fortalecimento da imunidade e no funcionamento do cérebro, alem de aliviar o estresse e a tensao e induzir sentimentos de prazer. Promove também o efeito antienvelhecimento e aumenta a disposição e a resistência física e mental.
“Quando comemos uma coisa de que gostamos, ou quando recebemos algum carinho, ou quando entramos em contato com a natureza, liberamos esse hormônio, e isso faz com que a gente tenha a sensação de relaxamento, aquele estado de felicidade no nosso corpo”, disse o conselheiro. Em função das nossas atividades diárias e do que ingerimos, a gente vai liberando esses hormônios do corpo, através das várias reações químicas que acontecem e, com isso, vai se tendo a sensação de bem-estar, de prazer, de bom humor.
Dependendo do nível em que esses hormônios estejam, eles causam o efeito contrário, ressaltou Jonas Comin. “Por isso é que é sempre bom que sejam produzidos, para que a gente consiga fazer a liberação do nosso corpo e estar sempre com um nível satisfatório, para fugir de doenças como depressão”, recomendou. Caso estejam desregulados, esses hormônios químicos fazem com que o corpo reaja com mau humor, irritação, ansiedade, insônia, estresse, falta de disposição, tristeza e até depressão.
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De maneira geral, para que o ser humano tenha um nível satisfatório dos hormônios no corpo, ele deve ter uma alimentação bastante saudável e variada, visando a qualidade alimentar. Ao mesmo tempo, não deve esquecer a prática de atividades físicas, ligada à endorfina, que também regula a sensação de felicidade, bem-estar e prazer. Comin destacou que, independente de qual atividade física seja praticada, ela vai contribuir nessa direção.
O próprio relacionamento interpessoal é outro destaque para quem visa a felicidade e o bem-estar. Ou seja, ter contato com a pessoa que se gosta também faz com que ocorra a liberação da endorfina. “É uma ação em conjunto que ajuda a manter esses hormônios em quantidade ideal no corpo e obter o resultado satisfatório. Vivemos em sociedade e precisamos desse conjunto. Uma boa alimentação, atividade física e ter prazer nas coisas da vida, como estar com quem se gosta, ouvir música, ou seja, realizar coisas que sejam do gosto da pessoa”.
O sono também interfere na sensação de felicidade. “Uma boa qualidade de sono também contribui para uma qualidade de vida melhor”, afirmou o conselheiro do CFQ. O Ácido Gama-Aminobutírico é o neurotransmissor da calma e do relaxamento e interfere na qualidade do sono.
Outros hormônios associados à questão do bem-estar são ocitocina, que proporciona a sensação de amor, prazer e afeto; a dopamina, que regula o humor e a sensação de satisfação; a melatonina, que reduz o envelhecimento e regula o sono, entre outros.