Nos últimos meses, o Ozempic se tornou um dos remédios mais procurados no mundo. Fabricado originalmente para o controle de diabetes, o medicamento vem sendo usado de maneira off-label para perda de peso, já que promete atuar como um supressor de apetite. Porém, devido ao sucesso da medicação, a OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu um alerta nesta segunda-feira (29) para a falsificação do produto no Brasil.
O aviso se deu após um novo lote falso de Ozempic ser identificado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) neste mês. De acordo com a plataforma de consulta a produtos irregulares do órgão, o lote MP5A064, com o idioma da embalagem em espanhol, não é original.
“Estas versões falsificadas são frequentemente vendidas e distribuídas através de meios de comunicação não regulamentados, incluindo plataformas de redes sociais. (…) Sabe-se que os produtos médicos falsificados não têm eficácia e/ou causam reações tóxicas. Não são aprovados nem controlados pelas autoridades competentes e podem ter sido produzidos em condições pouco higiênicas por pessoal não qualificado, conter impurezas desconhecidas e podem estar contaminados com bactérias”
Anvisa
Este não é o primeiro caso de falso Ozempic. No ano passado, a Novo Nordisk, farmacêutica dinamarquesa responsável pela elaboração do remédio, informou que não reconhecia outros dois lotes do medicamento que estavam sendo distribuídos no Brasil: o LP6F832 e o MP5C960.
Por que o número de Ozempic falsos tem aumentado?
Segundo a OMS, a escassez dos remédios chamados de agonistas de GLP-1, como a semaglutida, princípio ativo do Ozempic, tem sido um dos principais fatores do crescimento de versões falsificadas dos medicamentos.
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Como identificar se o medicamento é verdadeiro e evitar falsificações?
Além de verificar o lote denunciado pela Anvisa, a agência orienta que se adotem estratégias de verificação para ajudar a evitar produtos falsificados:
- Comprar medicamentos apenas em farmácias, sites ou canais autorizados pela Anvisa;
- Não usar produtos com embalagens alteradas e que não tenham informações corretas;
- Não adquirir produtos com preços muito abaixo dos praticados no mercado;
Também é importante observar se as embalagens têm o número de lote de fabricação, um código de barras, e estejam hermeticamente fechadas. “Em casos de suspeita, o usuário deve entrar em contato com o SAC da suposta fabricante e evitar usar o medicamento”, aponta a agência.
No caso do Ozempic, ainda é possível buscar no site do Programa NovoDia as farmácias que vendem o medicamento mais próximas do CEP informado.
Com orientação de Marcos Andrade
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