Você já notou, depois de depilar as pernas ou fazer a barba, o surgimento de umas pequenas bolinhas vermelhas, que parece uma espinha, e que tendem a coçar bastante? Se sim, você tem um problema muito comum: foliculite.
Confundida, muitas vezes, com a acne, a foliculite é, segundo a dermatologista Priscila Bitencourt, um processo infeccioso dos chamados folículos pilosos, as estruturas pelas quais os pelos “nascem” na pele. Em geral, é causada por bactérias, mas em alguns casos pode ser fúngica. Também pode aparecer por conta de um pelo encravado, quando o fio não consegue romper a barreira da pele e começa então a crescer embaixo da epiderme.
A foliculite é um problema que pode afetar tanto homens quanto mulheres, especialmente para quem costuma utilizar as lâminas como método de depilação. Ela pode aparecer em qualquer parte do corpo que haja pelos, mas é mais comum nas axilas, virilha, coxas, glúteos, face e até no couro cabeludo.
Quais os tipos?
Foliculite superficial
É aquela que afeta a parte superior do folículo piloso. Nesses casos, a pele geralmente fica avermelhada e há formação de pequenas pústulas semelhantes a espinhas.
De acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) os principais sintomas deste tipo de foliculite são:
- Surgimento de pequenas espinhas vermelhas;
- Vermelhidão na pele;
- Coceira e sensibilidade na região.
Foliculite profunda
É um caso raro. É quando o grau da foliculite superficial está avançado, podendo ocasionar complicações mais graves, como furúnculo. Ainda segundo a SBD, os principais sintomas desta modalidade são:
- Grandes áreas avermelhadas;
- Lesões elevadas com pus amarelado no meio;
- A região fica muito sensível e dolorida.
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Foliculite tem cura?
Segundo a dermatologista, a foliculite tem cura apenas quando a pessoa adota hábitos de vida que evitam a inflamação dos folículos pilosos. Tais como:
Cuidado com as lâminas
Nos momentos de emergência, as lâminas acabam sendo a opção mais prática e rápida de ficar com a pele lisa. Porém, esses instrumentos causam fricção na pele, cooperando com o surgimento da inflamação.
Se você não puder trocá-la por outro método, como, por exemplo, depilação a laser, lembre-se sempre de não repetir a lâmina muitas vezes e utilize água morna para fazer a depilação. “O movimento de raspagem deve ser realizado sempre no mesmo sentido do crescimento dos pelos”, completa Priscila.
Evite ambientes úmidos e quentes
Altas temperaturas e altos índices de umidade no ar favorecem o suor e o acúmulo de substâncias sobre a pele, impedindo o crescimento adequado dos pelos. Assim, sempre que possível, busque ambientes bem arejados e frescos.
Hidratação é indispensável
Além de beber água (a principal fonte de hidratação para o corpo), é recomendado fazer, sempre, o uso de um hidratante corporal e facial após a depilação.
Fazendo esse passo a passo, você devolve nutrientes importantes que são perdidos com o passar do dia e do tempo, além de deixá-la mais forte para combater bactérias e fungos.
Faça esfoliação
No ranking das pequenas atitudes que ajudam a evitar a inflamação dos pelos, a esfoliação aparece no topo. Esse processo afina a camada mais superficial da pele e contribui com a redução de células mortas.
Evite espremer as bolinhas
As lesões não devem ser manipuladas, ainda mais se você não estiver com as mãos bem limpas. Espremer as bolinhas pode espalhar a infecção para outros locais e causar manchas escuras na região atingida.
Procure um dermatologista
O dermatologista é o profissional mais indicado para tratar da foliculite e te dar dicas de como cuidar melhor da sua pele com conselhos individuais e personalizados.
Ele irá esclarecer qual o melhor método de depilação, quais cremes usar para aliviar a dor e a inflamação da foliculite. Aliás, cada caso é um caso, sendo necessário, dependendo da gravidade da inflamação, o uso de antibióticos.
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