O Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) tem sofrido invasões recentemente e os resultados são significativos. Uma força-tarefa investiga a suspeita de desvio de recursos, ainda sem informações conclusivas. Participam da investigação:
- Polícia Federal
- Abin (Agência Brasileira de Inteligência)
- Banco Central
- Tesouro Nacional
Sendo que, este último é o administrador da plataforma. Saiba o que é Siafi:
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O que é Siafi?
Criado em 1987, o Siafi permite o controle e o acompanhamento da execução do Orçamento Geral da União, registrando os pagamentos feitos pela conta única do Tesouro Nacional. As despesas primárias (financiadas com tributos arrecadados da população) e financeiras (gastos com títulos públicos e empréstimos) são registradas. A plataforma também permite monitorar a evolução do patrimônio do governo.
Administrado pelo Tesouro Nacional, o Siafi é dividido em
- Controle de haveres e obrigações
- Administração do sistema
- Execução orçamentária e financeira
- Organização de tabelas
- Organização de recursos complementares com aplicação específica
Todas as saídas de dinheiro são registradas, com a informação da aplicação dos recursos e do serviço público a que o dinheiro está vinculado.
O Siafi não é usado apenas pelo Poder Executivo. Os Poderes Legislativo e Judiciário também registram os gastos na plataforma. O Tesouro Nacional usa os dados do sistema para divulgar, todos os meses, o resultado primário do Governo Central composto por
- Tesouro Nacional
- Previdência Social
- Banco Central
A contabilidade do Siafi registra os gastos efetivos e é diferente da do BC (Banco Central), que divulga mensalmente o resultado primário da União, dos estados, dos municípios e das estatais. O BC adota critério diferente porque o cálculo dos gastos efetivos dos governos locais levaria meses.
Investigação
Ainda não há confirmação oficial se algum valor chegou a ser desviado, embora veículos de comunicação relatem estimativas que vão de R$ 3,5 milhões a R$ 14 milhões. Oficialmente, o Tesouro Nacional informa apenas que “as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema”, sem informar se as transações foram concretizadas.
O que se sabe, até agora, é que invasores usaram credenciais de gestores federais no Portal Gov.br para entrar no sistema. E que não houve ataque hacker externo, que tenha explorado vulnerabilidades de segurança na plataforma.
*Com informações de Agência Brasil
**Sob supervisão de Marcos Andrade
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