13 de dezembro de 2024
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O que é Siafi? Sistema do governo é alvo de invasões

Constantes invasões no sistema podem ter resultado em desvio de recursos; Polícia Federal e Abin realizam investigação

tela do sistema Siafi
Informações ainda são inconclusivas (Foto: Site Siafi)

O Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) tem sofrido invasões recentemente e os resultados são significativos. Uma força-tarefa investiga a suspeita de desvio de recursos, ainda sem informações conclusivas. Participam da investigação:

  • Polícia Federal
  • Abin (Agência Brasileira de Inteligência)
  • Banco Central
  • Tesouro Nacional

Sendo que, este último é o administrador da plataforma. Saiba o que é Siafi:

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O que é Siafi?

Criado em 1987, o Siafi permite o controle e o acompanhamento da execução do Orçamento Geral da União, registrando os pagamentos feitos pela conta única do Tesouro Nacional. As despesas primárias (financiadas com tributos arrecadados da população) e financeiras (gastos com títulos públicos e empréstimos) são registradas. A plataforma também permite monitorar a evolução do patrimônio do governo.

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Administrado pelo Tesouro Nacional, o Siafi é dividido em

  • Controle de haveres e obrigações
  • Administração do sistema
  • Execução orçamentária e financeira
  • Organização de tabelas
  • Organização de recursos complementares com aplicação específica

Todas as saídas de dinheiro são registradas, com a informação da aplicação dos recursos e do serviço público a que o dinheiro está vinculado.

O Siafi não é usado apenas pelo Poder Executivo. Os Poderes Legislativo e Judiciário também registram os gastos na plataforma. O Tesouro Nacional usa os dados do sistema para divulgar, todos os meses, o resultado primário do Governo Central composto por

  • Tesouro Nacional
  • Previdência Social
  • Banco Central

A contabilidade do Siafi registra os gastos efetivos e é diferente da do BC (Banco Central), que divulga mensalmente o resultado primário da União, dos estados, dos municípios e das estatais. O BC adota critério diferente porque o cálculo dos gastos efetivos dos governos locais levaria meses.

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Investigação

Ainda não há confirmação oficial se algum valor chegou a ser desviado, embora veículos de comunicação relatem estimativas que vão de R$ 3,5 milhões a R$ 14 milhões. Oficialmente, o Tesouro Nacional informa apenas que “as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema”, sem informar se as transações foram concretizadas.

O que se sabe, até agora, é que invasores usaram credenciais de gestores federais no Portal Gov.br para entrar no sistema. E que não houve ataque hacker externo, que tenha explorado vulnerabilidades de segurança na plataforma.

*Com informações de Agência Brasil

**Sob supervisão de Marcos Andrade

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Janaína Boaventura, com supervisão da redação
Estagiária no Tudo EP e no ACidade ON, é graduanda em Estudos Literários. Adentrou no Grupo EP em 2024 e atua nos conteúdos digitais, enfaticamente com a parte textual.
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