A esposa do coronel do Exército, Virgílio Parra Dias, de 69 anos, que guardava um arsenal de armas e munições no apartamento que pegou fogo no Botafogo, em Campinas, se manifestou pela primeira vez desde o incidente.
A esposa do coronel, Evellyn Parra Dias, gravou um vídeo falando sobre a saúde do marido, que está entubado em coma induzido. No vídeo, obtido com exclusividade pela reportagem da EPTV, ela expressa pesar pelo ocorrido no edifício Fênix. Esta é a primeira manifestação da família desde o incêndio de 24 de fevereiro, no qual ninguém ficou gravemente ferido.
“A família está muito triste com tudo isso. Sinto muito pelo que aconteceu no prédio, no meu apartamento, nos apartamentos com todos os moradores. Eu sinto muito mesmo”, afirmou a esposa do coronel no vídeo.
Veja vídeo gravado pela esposa do coronel
Sobre o marido hospitalizado, ela disse que ele ficou completamente fora de si. Após o incêndio, o coronel chegou a ficar desaparecido e foi encontrado por um amigo em uma praça, no Jardim Chapadão, com ferimentos no pescoço feitos por si próprio.
“Ele ficou arrasado com tudo o que aconteceu. Com o que aconteceu com as pessoas. Também com a família. Nós perdemos tudo o que havia em nosso apartamento. Isso realmente abalou ele e ele não aguentou. O emocional dele não aguentou”, afirmou a mulher.
O coronel aposentado ficou internado no Hospital Mário Gatti, em Campinas, por quatro dias e depois foi transferido, ainda em coma, para o Hospital do Exército em São Paulo. Ele não tem previsão de alta.
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Coronel fez B.O. contra o filho dias antes do incêndio
Um dia antes do incidente no apartamento, o coronel registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil por Lesão Corporal contra o próprio filho. No documento, ele alegou ter sido agredido por Kaio Oliveira Parra Dias, em Boituva, quando foi chamar o filho para voltar para casa.
“Nos foi informado que existia esse Boletim de Ocorrência e quando a gente questionou a família sobre o ocorrido, eles disseram que não sabiam da existência desse boletim de ocorrência. Foi uma surpresa para eles. Nos ainda não tivemos ainda essa oportunidade de buscar essa informação e ir atrás desse boletim de ocorrência especificamente até porque estamos totalmente debruçado em ajudar a família nesses trâmites iniciais”, afirmou o advogado do coronel Ranny Marsico.
Os advogados estão analisando a documentação encontrada no apartamento. Eles não sabem dizer ainda sobre os materiais encontrados pela polícia e perícia.
“Ele é uma pessoa que mantém isso sob o controle dele. Ele não permitia que a família entrasse na área das armas. Então a família realmente não tinha conhecimento do que tinha ali dentro. De quais equipamentos e quais armamentos ele tinha. O que nos foi dito, inclusive na delegacia, que o Gate, que é da Polícia Militar, esteve presente durante a perícia e que recolheu alguns dos equipamentos. Mas quais equipamentos, quais foram os resultados dessas perícias, infelizmente não tivemos acesso ainda. Estamos em contato direto com a delegacia e assim que isso for colocado junto com os autos periciais a defesa vai ter acesso e a gente vai se posicionar”, afirmou.
A Polícia Técnico Científica vai esperar a limpeza do apartamento para fazer uma nova perícia e tentar descobrir o que de fato provocou o incêndio.
Com informações de Gustavo Biano/EPTV Campinas
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