A Polícia Federal também está investigando a queda do avião que matou 62 pessoas na semana passada em Vinhedo. Hoje (15) a equipe da Eptv teve acesso às imagens inéditas que foram feitas pela corporação usando um superdrone no local da queda do acidente.
As imagens inéditas foram feitas com o auxílio de drones e de um scanner 3D e mostram como ficou o avião da Voepass. O material produzido no local foi processado no Instituto de Criminalística da Polícia Federal em Brasília (DF), e demorou três dias para ficar pronto. Ao todo, 22 pontos foram mapeados para cobrir todos os ângulos do avião acidentado.
Os peritos vão usar as imagens, cerca de 700 imagens, para fazer o laudo que será anexado ao inquérito que a PF abriu para verificar as responsabilidades pelo acidente.
Veja vídeo com as imagens do superdrone da PF
O sistema de escaneamento com drones utilizado consegue reproduzir no computador as condições do local após a queda do avião. Ele mostra a posição dos destroços, dos corpos e até das casas ao redor do local acidentado. Esses dados ficam registrados mesmo após a limpeza do terreno e da retirada das bagagens, feita por uma empresa contratada pela Voepass.
Esse trabalho, segundo a PF, fica a disposição da Justiça para questões futuras.
O equipamento lembra um mini avião e voa a 58km/h e pode chegar a 120 metros de altura. “Ele é um drone, não é pilotado. Você só informa qual a área que pretende mapear, ele voa e faz esse mapeamento, as fotos, tudo sozinho. A vantagem deste tipo de drone comparado com o tradicional, que tem quatro motores e voa como um helicóptero é que ele consegue voar muito mais rápido gastando muito menos bateria. Então você consegue cobrir uma área muito maior com menos bateria, com menos pousos e decolagens do que conseguiria com drone tradicional”, explicou Bruno Pitanga, perito criminal federal.
“O 3D serve para responder perguntas futuras. Você está capturando o local, um local de crime por exemplo, no caso um acidente aéreo e está salvando esse local no computador. Uma cópia 3D do ambiente. Porque tem coisas que você captura na hora, foto e tal, mas tem coisas que não dá. E não tem com voltar no local para fazer de novo porque o cenário mudou. Então se perguntar onde estava o motor, a distância entre o motor e a asa, não está mais lá, mas está no 3D. Com ele é possível revisitar e responder qualquer pergunta deste tipo. Fazer ainda medições, cálculos”, terminou.
Um primeiro relatório com as possíveis causas do acidente será entregue em 30 dias segundo informou o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Ontem LABDATA (Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo) do Cenipa transcreveu as conversas entre o piloto e o copiloto registradas pelo Cockpit Voice Recorder (CVR – gravador de voz da cabine), uma das partes da caixa-preta, da aeronave que caiu em Vinhedo na última sexta-feira (9). As informações foram reveladas com exclusividade pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta quarta-feira (14) – leia mais aqui.
Com informações de Viviane Abreu/Eptv
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