É em tom de esperança que Fabiana Cacilda Gabaldo, técnica em enfermagem no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, fala sobre o momento em que foi vacinada contra o novo coronavírus.
Logo no início da pandemia, a profissional da Saúde de 43 anos ficou internada por oito dias na unidade hospitalar onde trabalha desde 2009. Mas, na última quarta-feira (20), nove meses depois de testar positivo para a covid-19, o cenário de incerteza mudou para ela.
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A técnica teve a chance de receber a 1ª dose da CoronaVac, imunizante desenvolvido pelo instituto Butantan, de São Paulo, em parceira com a biofarmacêutica chinesa Sinovac.
“Recebi a notícia [do início da vacinação] com muita alegria e emoção. O começo da campanha significa que ainda há uma luz no fim do túnel, pois muitas pessoas contraíram a doença e não se recuperaram. Me sinto orgulhosa por fazer parte desse momento histórico e por fazer parte do grupo de profissionais da saúde. Levarei sempre esse momento em minha vida, ainda mais depois de tudo o que passei”, celebrou Fabiana, considerada grupo de risco por ter asma.
Mesmo vacinada, Gabaldo destaca a importância da manutenção dos protocolos sanitários já conhecidos. Atualmente, ela atua em uma ala de emergência, na linha de frente no combate à covid-19.
“Com certeza me sinto mais segura depois de ser vacinada, mas isso não quer dizer que temos que relaxar. Pelo contrário, temos que manter os mesmos cuidados: o uso de EPIs (Equipamentos de proteção individual), como máscara, além da lavagem frequente das mãos e o distanciamento social, até porque ainda não há vacinas para todos”, ponderou a técnica em enfermagem, que também atua em um posto de saúde da zona Norte.
A expectativa é que Fabiana receba a 2ª dose da vacina daqui 19 dias, conforme previsto no plano estadual de imunização. Até as 8h40 desta sexta (22), 57 mil profissionais da saúde já haviam sido vacinados no Estado, segundo dados oficiais.
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