Apesar de defender uma ação regional conjunta de enfrentamento à Covid-19, o secretário Marcos Palermo afirmou na CPI da Saúde que São Carlos foi contra um lockdown regionalizado.
Em depoimento que acontece na Câmara Municipal, o gestor da saúde de São Carlos, disse que é a favor de um fechamento regionalizado e que experiências vividas durante a pandemia demonstraram que, quando necessário, o lockdown foi um método eficaz no controle da epidemia.
Porém, quando São Carlos teve a oportunidade de votar favoravelmente a um fechamento regional a gestão de Airton Garcia (PSL) se colocou contra.
“Houve a reunião (entre prefeitos da região), nos manifestamos pelo não lockdown, porque tínhamos números totalmente equilibrados em relação a situação”, revela.
Pouco antes, na CPI da Saúde, o secretário municipal afirmou que “os prefeitos e secretários deveriam debater e discutir isso regionalmente”.
“Não adianta Ribeirão Preto e Brodowski e Batatais não fizerem, por exemplo. A própria DRS (Departamento Regional de Saúde) deveria fazer (relatório) e levar para o governo de São Paulo fechar. Agora imputar isso a um prefeito e vereador fica complicado”, comenta.
A detecção de nova cepa em Araraquara, que motivou lockdown em meados de fevereiro, foi alvo de comentários dos membros da comissão. Questionado sobre quando soube da identificação da variante na cidade vizinha, Palermo respondeu que soube via imprensa, mas que a secretária de Saúde de Araraquara, tinha comentado com ele a possibilidade dias antes.
“Quando tivemos em São Carlos o caso da nova cepa, em março, se passaram 40 dias de intervalo. Não fizemos barreira sanitária, nenhum tipo de controle. Muitos foram positivados nas barreiras em Araraquara e tivemos 40 dias para fazer isso e não fizemos”, criticou Bruno Zanchetta (PL).
“Quem tem que fazer a barreira sanitária é quem fechou. Não (deveria) deixar de sair de lá. No nosso pedágio passaram 7 mil carros de Araraquara nesse período (do lockdown), ou seja, fechou, mas não cuidou. Essa é a realidade”, rebateu Palermo.