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PolíticaPré-candidato do Novo, Mario Casale repudia o discurso 'antipolítico', adota moderação e abre a porta para alianças

Pré-candidato do Novo, Mario Casale repudia o discurso ‘antipolítico’, adota moderação e abre a porta para alianças

Postulante do Partido Novo reprova o governo Airton Garcia, a quem daria “nota 2” pela gestão; “Temos um prefeito que nem se apresenta”

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Novo nome lançado como pré-candidato a prefeito de São Carlos, o empresário Mario Casale Neto se apresenta como uma “novidade” na política local. Originário do setor privado, ele já atuou na sociedade civil organizada e agora ingressa na política partidária e eleitoral.

A candidatura de Casale surge em um momento em que os ‘outsiders’, termo emprestado do inglês que significa ‘alguém de fora’ (ou seja, alguém fora da política), perderam força nas últimas eleições nacionais de 2022, após seu ápice em 2018.

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Com um discurso mais equilibrado e realista, Casale deixa de lado o discurso antipolítico, antissistema e “anti-tudo”. Isso não significa que ele concorda com o que está sendo feito na cidade ou no país.

Filiado ao partido Novo, que não atingiu a cláusula de barreira para ter tempo na TV, rádio e acesso ao fundo partidário, Casale enfrentará uma tarefa árdua.

O atual prefeito, Airton Garcia, trocou de partido no final de seu mandato e levou seu braço direito, Netto Donato, atual secretário de Governo, para o Progressistas. Netto é visto como alguém que conta com o apoio do atual prefeito.

Em outra frente, corre Edson Ferraz, o vice-prefeito, que protagonizou uma “guerra fria” nos últimos meses com o prefeito e seus principais aliados foram removidos do governo. Agora, ele se coloca como pré-candidato em 2024 e expressa suas discordâncias com o ex-aliado de forma mais intensa.

A disputa pela prefeitura também inclui Newton Lima, ex-prefeito petista que aumentou sua exposição pública nos últimos meses e lançou sua candidatura de forma não oficial com um movimento amplo de esquerda. No entanto, ele enfrenta desafios devido à popularidade mediana do presidente Lula e à resistência ao petismo nas últimas eleições em São Carlos.

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Deonir Tofollo, do Solidariedade, também lançou sua candidatura. Ele enfrentou uma divisão em seu partido quando alguns correligionários se juntaram ao governo do atual prefeito.

Além de outros candidatos, Casale terá que se tornar amplamente conhecido e convencer os eleitores de que seu projeto político pode beneficiar São Carlos.

As ideias de Mario Casale

Em entrevista ao portal acidade on, Casale demonstrou estar disposto a fazer alianças e coligações para fortalecer sua pré-candidatura.

“Entendemos que precisamos de renovação na política, com pessoas novas, mas também sabemos que há muitas pessoas competentes na cidade com as quais podemos formar alianças”, afirmou.

Outra dificuldade que Casale pode enfrentar é a falta de acesso ao Fundo Eleitoral. O pré-candidato a prefeito reconhece que realizar uma campanha com doações de pessoas físicas pode ser um desafio.

O uso do Fundo Eleitoral está deixando de ser um tabu dentro do Novo. Em uma entrevista ao “Valor Econômico”, o presidente do partido, Eduardo Ribeiro, afirmou que a agremiação usará recursos públicos na campanha de seus candidatos.

Sobre o receio de ser rotulado como o “candidato dos ricos”, como aconteceu com Felipe D’Ávila nas eleições passadas, Casale argumenta que a analogia se deve ao fato de muitos empresários serem filiados ao partido. Como ex-CEO da Casale, ele afirma ter vantagens sobre os políticos locais.

“Os empresários sabem como gerir recursos em uma empresa, gerir pessoas. É semelhante à gestão de pessoas e recursos na prefeitura, embora as regras sejam diferentes. Aprende-se a jogar o jogo, não há problema”, disse.

Casale também destaca que o Novo, quando governa em outras localidades, “melhora a qualidade de vida das pessoas pobres e necessitadas”.

Principais problemas de São Carlos

Embora sua carreira até agora tenha sido no setor empresarial, Casale teve experiência em ações voltadas para políticas públicas, como o grupo Move Sanca (pró-desenvolvimento), Enchentes Zero, Invest Sanca e Comind-19 (comitê anti-Covid). Nessas experiências, ele afirma ter adquirido mais conhecimento sobre a política municipal.

Como pré-candidato a prefeito, ele identifica a saúde, educação e desenvolvimento econômico como os três principais problemas da cidade.

Ele descreve a situação da saúde como caótica e promete dar muita atenção a essa área. Em relação à educação, ele pretende focar na qualidade, buscar parcerias com o Estado para oferecer mais ensino técnico e introduzir o empreendedorismo como parte do currículo escolar.

Quanto ao desenvolvimento econômico, Casale acredita que São Carlos tem uma forte atração para empresas, mas mais devido ao que a cidade representou no passado do que ao que representa agora.

“Poucas empresas vêm para São Carlos devido aos esforços do poder público. Acredito que a prefeitura pode fazer mais para atrair empregos para nossa cidade.”

Mario Casale, pré-candidato a prefeito de São Carlos

Avaliação da Gestão Atual

Quando questionado sobre a avaliação da gestão de Airton Garcia, Casale atribui uma nota 2 e o reprovaria se fosse um aluno.

“Daria nota dois. Acho que algumas pessoas estão tentando; outras estão fazendo política. Temos um prefeito que nem se apresenta, raramente o vemos falando, não sabemos se ele está em condições psicológicas para dialogar. É uma situação estranha na cidade. É incomum um prefeito que não se pronuncia nem dá entrevistas”, conclui.

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Bruno Moraes
Bruno Moraeshttps://www.acidadeon.com/saocarlos/
Bruno Moraes é repórter do acidade on desde 2020, onde faz a cobertura política e econômica. É autor do livro “Jornalismo em Tempos de Ditadura”, pela Paco Editorial.
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