O Estudo de Remuneração 2024, divulgado pela consultoria Michael Page, aponta que um dos principais desafios do agronegócio é atrair profissionais qualificados para trabalhar em cidades do interior. A dificuldade tem como efeitos colaterais salários acima da média de outros mercados e uma rotatividade a cada 3-4 anos do profissional na cadeira.
A profissionalização das estruturas de governança, compliance e conselho de empresas é essencial para acessar créditos e investimentos. E é isso que tem demandado mobilidade de profissionais de grandes centros para trabalharem em empresas localizadas no país inteiro, em cidades mais distantes. Segundo a consultoria, uma das alterativas para este cenário é a formação de mão-de-obra especializada na própria região.
O estudo destaca, ainda, que o aumento do uso de tecnologias demanda profissionais cada vez mais preparados. O entendimento das nuances do campo, a sofisticação dos produtos e sistemas agrícolas emergentes são cruciais, elevando, mais uma vez, o desafio de encontrar profissionais com experiência.
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Quando avaliadas as habilidades mais requisitadas para os profissionais, o estudo afirma que agrônomos e veterinários precisam expandir sua visão e abranger aspectos organizacionais e de negócios. Gestão eficiente, habilidade de gerir riscos e custos, compreensão do impacto dos custos de produção no produto final também são apontadas como diferenciais.
Com a crescente automação e automatização, profissionais capazes de analisar dados e sistemas também estão sendo procurados. No espectro da eficiência, gerentes de áreas técnicas tornam-se protagonistas, requerendo uma visão holística que abarque pessoas, TI e suprimentos. Por ser um campo com inovações a todo tempo, é exigido flexibilidade e adaptação por parte dos profissionais, que devem manter a mente aberta ao novo e a disposição para aprender continuamente.
CARGOS EM DESTAQUE
Áreas como finanças, marketing, supply chain, engenharia de produto, TI e recursos humanos estão em evidência dentro do agronegócio. A profissionalização leva à necessidade de lideranças de alto nível, como C-level, presidentes e CFOs, para guiar a transformação e os planos de sucessão das empresas.
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