Você sabia que, ao invés de descartar o bagaço de cana-de-açúcar, as usinas podem utilizá-lo como matéria orgânica? É isso mesmo! Obtido a partir do processo de moagem e fermentação da cana, o bagaço pode ser utilizado e reaproveitado de diversas formas: queimado gera o vapor que movimenta as moendas e geradores de energia elétrica. Se for para compostagem vira adubo que pode, inclusive, substituir fertilizantes químicos.
Um estudo realizado pela Embrapa Agrobiologia destacou que a compostagem do bagaço de cana é uma alternativa para a obtenção de adubos orgânicos de baixo custo e de boa qualidade. Basicamente, o bagaço é constituído da parte sólida da fibra resultante do processo de extração do caldo de cana, ou seja, ele tem nutrientes que são essenciais para o desenvolvimento das plantas, como o nitrogênio, o fósforo e o potássio.
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Fato é que em usinas, cuja quantidade de bagaço obtida é volumosa, produzir adubos a partir deste resíduo é uma estratégia vantajosa. Além disso, se tratando do agronegócio brasileiro, é interessante investir no desenvolvimento de adubos de origem orgânica como é o caso dos obtidos a partir do bagaço de cana -, porque isso diminui a dependência do país em relação aos produtos importados. Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) revelam que 28% dos fertilizantes químicos importados pelo Brasil vêm da Rússia, que nos últimos anos se encontra em conflito bélico com a Ucrânia, o que pode encarecer o produto e causar o desabastecimento.
*Sob supervisão de Patrícia Neves
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