*Por: Marina Fávaro
Você sabe o que é colostro bovino? É o nome dado a primeira secreção produzida pelas glândulas mamárias das vacas logo após o parto. Trata-se de uma substância rica em gorduras, proteínas (em especial, imunoglobulinas), hormônios, vitaminas, enzimas e bioativos, além de ser capaz de estimular a imunidade, o fortalecimento e o desenvolvimento do recém-nascido.
É a principal fonte de anticorpos para o filhote e, com isso, atua diretamente na prevenção das doenças e na redução das taxas de mortalidade. Diferente dos seres humanos, a placenta dos bovinos não permite à mãe trocar nutrientes com o feto. Surge aí a necessidade do animal consumir o colostro nos primeiros minutos de vida. Mas imagina se fosse possível que os seres humanos pudessem desfrutar dos benefícios nutricionais do colostro? E é.
Estudos demonstraram que, em virtude da concentração de bioativos e de nutrientes, o colostro bovino pode beneficiar os sistemas musculoesquelético, digestório e imunológico do ser humano. Segundo a médica-veterinária Ana Paula Menegatti, o colostro bovino também pode prevenir o envelhecimento precoce e atuar como um valioso suplemento para fórmulas infantis.
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“A alimentação exclusiva com colostro bovino não é recomendada para bebês, mas é indicada quando o leite materno ou doado não está disponível ou é insuficiente em nutrientes. É considerado um suplemento útil em fórmulas infantis, devido à capacidade de proteção contra doenças gastrointestinais, como diarreia rotaviral e lesões internas no intestino”, disse a especialista.
A demanda por colostro cresceu nas indústrias farmacêutica e alimentícia. Por qual motivo? Aloma Leão, que também é médica-veterinária, explica que a crescente demanda por colostro se deve às propriedades terapêuticas e medicinais que ganharam ainda mais relevância durante a pandemia de Covid-19, quando houve aumento significativo nas pesquisas sobre os usos do produto.
“A partir das pesquisas, o colostro bovino se mostrou eficaz na prevenção e no tratamento contra doenças gastrointestinais e distúrbios imunológicos e na cicatrização de feridas. Além disso, é amplamente utilizado em produtos tópicos para reparar tecidos e mucosas e em suplementos alimentares para idosos e pacientes gravemente enfermos”, explicou a médica-veterinária.
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*Sob supervisão de Virgínia Alves