A safra brasileira de grãos 2023/24 deve chegar a uma produção de 317,5 milhões de toneladas. A projeção, divulgada hoje pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), sinaliza para uma queda de 1,5% ou 5 bilhões de toneladas em relação ao ciclo anterior. Essa redução é influenciada pela possível diminuição na produtividade média, já que a área total semeada deve registrar um leve crescimento e ultrapassar os 78 milhões de hectares.
“Ao que as projeções apontam, teremos, pelo menos, a segunda maior safra da história do Brasil. É preciso acompanhar o desenvolvimento das culturas e os ajustes que realizaremos ao longo da temporada, que podem fazer com que a produção desta safra supere inclusive a da safra passada. No entanto, mesmo que não seja um novo recorde, temos a expectativa de uma boa colheita”, afirma o presidente da Conab, Edegar Pretto.
Entre as principais culturas acompanhadas, o arroz deve apresentar um crescimento de 7,7% em comparação com o volume colhido na safra anterior, chegando a 10,8 milhões de toneladas. Para o feijão, que deve recuperar a área de plantio, estima-se uma produção de 3,1 milhões de toneladas, que representa aumento de 0,8% em relação à temporada passada.
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Principal grão cultivado no país, a soja deve atingir uma produção um pouco maior de 162 milhões de toneladas, o que significaria um novo recorde para a cultura. A produção do algodão será, pela previsão, de 3 milhões de toneladas, com aumento de 2,9% na área a ser semeada.
Já o milho deve sofrer uma redução de 8,2%, com uma produção estimada de 119,4 milhões. No ciclo anterior, a produção foi de 30 milhões.
O trigo apresenta um aumento de área de 12,1%, mas uma redução de 11,6% na produtividade em comparação com a safra anterior. A produção esperada é de 10,5 milhões de toneladas.
Para o diretor de comercialização e abastecimento do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), Silvio Farnese, o cenário é otimista. “Estamos ainda seguindo um patamar de produção muito saudável no país”, avalia. “É uma safra muito boa e, dependendo da situação climática, nós teremos aí produto suficiente para o nosso abastecimento e cumprir os contratos de exportações que o Brasil tem, afinal, essas exportações são muito importantes para o produtor, uma vez que ele tem um canal de comercialização muito alternativo e que faz uma formação de preços favorável que permite que ele faça uma programação de preços a futuro”, explica.
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