Para que esse atendimento seja prestado com a qualidade e o conhecimento que seu público exige, o programa conta com quatro professores especialistas na área de Atividade Física Adaptada (AFA), os quais, de acordo com a orientação da SME, também devem ter, no mínimo, 30 horas de curso na área de Educação Especial.
“A EFA permite aos alunos ampliar seu conhecimento da cultura corporal, melhorar a saúde e reconhecer suas potencialidades, contribuindo para a integração na sociedade. Nosso objetivo é o desenvolvimento afetivo, cognitivo e psicomotor das pessoas com deficiência, sempre buscando sua capacitação para atividades do dia a dia e proporcionando sua inclusão no cotidiano da sociedade”, explica Daniella Petrilli Endo, professora especialista de Educação Física Adaptada.
Ela faz questão de esclarecer que a EFA não se diferencia da Educação Física em conteúdo, mas apenas nas técnicas e métodos empregados.
“Ou seja, por meio da adequação de metodologia de ensino, compreendendo um programa diversificado de ações específicas, visamos atender as características de cada indivíduo, sempre respeitando suas diferenças e interesses. Mesmo destino, diferentes caminhos”, destaca.
Possibilidades para todos
O programa desenvolve práticas pedagógicas que atendem às características individuais dos alunos, valorizando suas habilidades e potencialidades. As aulas acontecem nos três períodos (manhã, tarde e noite), com frequência de uma a três vezes por semana, de acordo com a necessidade e a capacidade dos alunos e a disponibilidade de vagas.
O professor Donizetti Aparecido Artussa, também especialista de Educação Física Adaptada, explica que as atividades são desenvolvidas no SESI e no SESC de São Carlos, entidades parceiras da SME, que oferecem espaços físicos e materiais apropriados às diferentes práticas, como quadra poliesportiva, piscinas aquecida e coberta, sala de ginástica e musculação, pista e campo para atletismo, além de sanitários adaptados, e áreas para lanche e descanso.
“No SESI, desenvolvemos a modalidade atletismo, o condicionamento físico, a ginástica, os jogos e a psicomotricidade. No SESC, temos natação, atividades psicomotoras integrativas em meio líquido, condicionamento físico, goalball e futebol de cinco”, cita Artussa.
Os 54 alunos atendidos pelo programa estão regularmente matriculados na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) “Dalila Galli”, na EMEB “Carmine Botta” e na Escola Municipal de Educação de Jovens e Adultos (EMEJA) “Austero Mangerona”, ou fazem parte da comunidade são-carlense.
“No entanto, podem participar da EFA todos os alunos Público-Alvo da Educação Especial (PAEE) que possuam laudo e tenham pelo menos seis anos completos, desde que haja disponibilidade de vagas”, esclarece o professor.
Além do laudo comprovando a deficiência, é solicitado no ato da matrícula a apresentação de atestado de saúde clínico e dermatológico (atualizado anualmente) do matriculado, seguindo os protocolos das instituições parceiras.
Para mais informações, os professores recomendam entrar em contato com a Secretaria Municipal de Educação, na Divisão de Educação Especial, pelo telefone (16) 3373-3222.
