8 de maio de 2024
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Espaço Braille beneficia a inclusão da pré-escola ao mercado de trabalho

Além de promover ações culturais e de lazer, programa oferece apoio à rede escolar municipal e treinamentos para autonomia nas áreas de orientação e mobilidade

Há mais de 40 anos, a Prefeitura de São Carlos presta atendimentos a pessoas com deficiências visuais, moradoras da cidade e da região, a fim de garantir sua plena inclusão social. Contudo, o impacto causado por esse serviço ganhou mais força quando, em 2010, foi inaugurado o Espaço Braille, trazendo novas possibilidades para o desenvolvimento dos deficientes visuais. 

Ligado à Secretaria Municipal de Educação (SME) e vinculado ao Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBI-SC), o programa se configura como uma biblioteca pública especializada, que visa favorecer a inclusão social e digital das pessoas com deficiência visual, por meio do acesso à leitura (em diferentes formatos) e do uso das tecnologias assistivas de informação e comunicação.

Divulgação: SME
Divulgação: SME

 

A partir dessa estrutura, o Espaço oferece atendimento de Braille, Sorobã (instrumento para cálculos matemáticos), informática Dosvox (programa que transforma textos em arquivo de áudio), orientação e mobilidade, conforme cita a professora de Educação Especial Ivone Aparecida Ribeiro de Camargo, especialista em deficiência visual. 

“Damos todo o suporte para a sala regular [das escolas], como adaptação e confecção de materiais pedagógicos, digitação em Braille e transcrição. Além de oferecer esse apoio à rede escolar, promovemos atividades culturais e de lazer, e treinamento para autonomia e independência. Atendemos da pré-escola até quando o aluno precisar da nossa ajuda. Às vezes, até o Ensino Superior”.  

Hoje, Ivone é uma das três professoras especializadas em deficiência visual que atuam no Espaço Braille: duas na parte pedagógica, divididas entre a manhã e a tarde, e uma terceira para orientação e mobilidade.

Divulgação: SME
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O Espaço Braille também tem por objetivo a prestação de serviços para a inserção e a qualificação no mercado de trabalho e no processo de reabilitação de pessoas que perderam a visão no decorrer da vida e precisam ser alfabetizadas em Braille. Ele fica na Rua São Joaquim, 735, no Centro, e a Prefeitura disponibiliza gratuitamente o transporte para os deficientes visuais interessados em fazer parte do programa. As atividades são realizadas de segunda a sexta-feira, entre 8h e 17h. 

Quem tiver interesse em participar, deve entrar em contato com o Seção de Apoio à Educação Especial, da Secretaria Municipal de Educação, pelo telefone (16) 3373-3222, ramal 219. 

Braille e tecnologia conectados 

As pessoas com deficiências visuais acolhidas no Espaço Braille também têm acesso aos equipamentos especializados, como máquina e impressora de Braille, e computadores com softwares como Dosvos, NVDA, Virtual Vision e Jaws.  

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“Temos também um bom acervo de livros em áudio e um acervo de livros em Braille pequeno em relação ao que já tivemos, visto que a procura diminuiu muito por conta da informática”, explica Ivone.

Nesse sentido, a especialista em deficiência visual faz um importante alerta: apesar do avanço das tecnologias, que facilitaram muito o dia a dia dos deficientes visuais, é essencial que elas estejam sempre associadas ao ensino do Sistema Braille.  

“Temos casos de pessoas que deixam o Braille de lado, pelas facilidades da informática. Contudo, a informática não corrige erros de português. É o mesmo problema que vemos hoje na juventude em geral: muita gente escrevendo errado nas redes sociais. Mas quando ensinamos o Braille, ensinamos também a língua portuguesa. Então, precisamos dos dois. Não podemos desprezar nenhum”.

Divulgação: SME
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