O Brasil bateu a marca de um milhão de casos de dengue em 2024 nesta quinta-feira (29). Segundo o último boletim epidemiológico, são 1.017.278 casos e 207 mortes até agora, além de outras 687 em investigação. Apesar de todas as faixas estarem igualmente suscetíveis à doença e apresentarem basicamente a mesma evolução clínica, as crianças entre 10 e 14 anos estão entre o público com maior número de internações. Dessa forma, nos pequenos, a dengue pede atenção redobrada de pais e responsáveis na observação de mudanças tanto físicas quanto comportamentais. Veja abaixo como saber se seu filho está com dengue.
Como saber se o meu filho está com dengue?
Para saber se seu filho está com dengue, é importante ficar atento aos sintomas. Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas costumam aparecer de 3 a 14 dias após a picada e são muito parecidos com os da gripe. Por isso, identificar os sintomas, em especial em crianças abaixo de 2 anos, requer cuidado e atenção, já que os pequenos têm mais dificuldade em expressar o que sentem.
Além disso, crianças costumam ter quadros de febre e viroses com muita frequência, o que pode confundir os responsáveis e até os profissionais de saúde. O importante é não deixar a dengue passar despercebida.
Quais são os sintomas da dengue em crianças?
Os sintomas de dengue no público infantil são semelhantes aos observados nos adultos.
O quadro de dengue é característico quando a pessoa tiver febre alta (39ºC a 40ºC) e de início repentino, acompanhada de ao menos um dos seguintes sintomas:
- Dor de cabeça
- Dor atrás dos olhos
- Dores musculares e articulares
- Fadiga
- Náusea e vômito
- Manchas vermelhas no corpo
Como os mais novos ainda têm dificuldades em comunicar o que sentem, é preciso verificar se a criança está mais quieta, se está mais irritada ou apresenta choro contínuo, se aceita menos líquido ou o seio materno e se a urina diminuiu.
Porém, nem sempre a pessoa que contrair a infecção vai apresentar algum sintoma. A dengue também acontece de forma assintomática ou com quadros leves.
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Qual o melhor tratamento?
Para o Ministério da Saúde, o tratamento eficiente é aquele que tem início rápido. Para isso, basta procurar ajuda médica. Mas lembre-se: não se automedique ou medique por conta própria as crianças.
No caso da dengue, o protocolo vai depender do estágio da doença em cada pessoa. Dessa forma, pode ser necessário a internação do paciente e hidratação venosa, em casos mais graves, ou apenas orientações para o tratamento em casa, com hidratação oral, repouso e controle dos sintomas, em quadros leves.
Atenção aos remédios utilizados. Paracetamol é um medicamento recomendado, mas anti-inflamatórios e antitérmicos que contenham ácido acetilsalicílico devem ser evitados.
Crianças devem tomar a vacina da dengue?
O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer vacina contra a dengue no sistema público de saúde. O imunizante foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de forma extremamente criteriosa.
Por apresentarem maior número de internações, crianças e adolescentes de 10 a 14 anos são prioridade para a vacinação no Brasil. As primeiras doses foram liberadas no dia 8 de fevereiro e estão sendo aplicadas em crianças de 10 e 11 anos. À medida que mais doses forem chegando, a vacinação será estendida para 13 e 14 anos. Já em redes privadas, a vacina está disponível para toda a população entre 4 e 60 anos.
Como prevenir
A melhor forma de prevenção da dengue é a erradicação do mosquito vetor da doença, o Aedes aegypti. Assim, é fundamental cuidar do ambiente e da comunidade em que se vive, evitando o acúmulo de água e, consequentemente, os focos de proliferação das larvas.
Sendo assim, verifique vasos de planta, pneus, garrafas, calhas e todo local que pode se tornar um criadouro do mosquito e livre-se da água parada. Caixas d’água devem estar sempre tampadas.
Além disso, passe repelente nas crianças, principalmente durante o dia. O uso de telas protetoras nas janelas e mosquiteiros nos berços e camas também ajudam na prevenção da dengue.
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