1 de junho de 2024
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Dérbi Campineiro

Amoroso faz único gol de calcanhar do Dérbi Campineiro, mas Careca estraga a festa do Guarani

Amoroso se transformou em um torcedor fora das quatro linhas e elevou o seu status de ídolo do Guarani

 

Amoroso se transformou em um torcedor fora das quatro linhas e elevou o seu status de ídolo do Guarani (Foto: Reprodução/Agência Estado)

 

Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1994, com 19 gols, ao lado de Túlio Maravilha, do Botafogo-RJ, Amoroso se transformou em ídolo do Guarani. O atacante vivenciou dois clássicos com a Ponte Preta, sendo um deles muito especial. No dia 02 de abril de 1995, no estádio Moisés Lucarelli, pelo Campeonato Paulista, o craque foi do céu ao inferno em questões de minutos. 

O Guarani começou aquele dérbi campineiro, com quase 14 mil torcedores no Majestoso, a todo o vapor e precisou de 18 minutos para abrir 2 a 0 no placar, com gols de Djalminha e Amoroso, o último uma obra-prima. O próprio Djalminha cobrou uma falta na medida para o artilheiro, que ajeitou o corpo e deu de calcanhar, de primeira, no fundo das redes. 

“Cresci no Guarani sabendo que o dérbi é um jogo à parte. Você pode perder para todo mundo, menos para a Ponte Preta, e eu nunca perdi. Fazer um gol no dérbi é maravilhoso, de calcanhar, então, foi espetacular. Foi um gol muito importante, bonito, com a camisa do Guarani, clube pelo qual tenho uma paixão imensa. Foi inesquecível”, disse Amoroso, em entrevista ao Tudo EP. 

Amoroso estava vivendo um sonho naquele dia 02 de abril, mas viu tudo mudar aos 32 minutos, quando se envolveu em uma confusão com um defensor da Ponte Preta e acabou expulso. Antes, na comemoração do gol, ele havia recebido o primeiro cartão amarelo. O segundo cartão o tirou da partida.

“Não entendi o que fez o juiz me dar o primeiro cartão amarelo. Estava com duas camisas do Guarani. Tirei uma, joguei para a torcida e fiquei com a outra. Qual o problema? Foi um espetáculo no qual o Guarani poderia ter vencido. Ele (o árbitro João Paulo Araújo) acabou prejudicando o nosso time ao me tirar do jogo e favoreceu a Ponte Preta, que empatou. Jogar o dérbi com um a menos é difícil. Eu estava bem no jogo. Fui expulso por uma falta que eu recebi”, recordou Amoroso. 

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No segundo tempo, a Ponte Preta cresceu com um jogador a mais e diminuiu com Gaúcho, aos cinco minutos. O empate aconteceu no fim, aos 41, com Careca. Não Antônio de Oliveira Filho, ídolo do Guarani, mas sim Hamilton de Souza, que estragou a festa bugrina, após um bate e rebate dentro da área. 

“A imprensa já dava como certa a vitória do Guarani, pois eles tinham um time muito qualificado, bem superior ao nosso naquele Campeonato Paulista. O Moisés Lucarelli estava lotado e os torcedores saíram satisfeitos com o resultado final. Foi muito emocionante, uma partida muito disputada. Começamos perdendo por 2 a 0 e o Djalminha poderia ter liquidado o jogo, mas acabamos empurrados pelos torcedores, diminuímos com Gaúcho e empatamos com gol meu. Os torcedores ficaram emocionados, ninguém esperava que empataríamos. Foi uma felicidade indescritível ter marcado o gol de empate, foi algo que me marcou muito. Se o tempo pudesse voltar, seria fantástico, mas o tempo passou e o que ficam são as lembranças”, contou Careca, que jogou também por Cruzeiro, Atlético-MG, Coritiba, Londrina, Vila Nova-GO e Sporting, de Portugal. 

“Eu sempre fui acostumado a clássicos. Participei de muitos, em Minas Gerais, em Portugal, são sempre uma emoção muito grande. O dérbi campineiro tem muita rivalidade. Na época, o Guarani estava melhor, mas acabamos conseguindo empatar. Foi uma festa bonita”, completou Careca. 

O Guarani chegou à fase final do Campeonato Paulista de 1995, mas ficou na lanterna do grupo com Palmeiras, Mogi Mirim e São Paulo. A Ponte Preta acabou rebaixada após ser a última colocada da primeira fase. 

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Confira as escalações do dérbi campineiro do dia 02 de abril de 1995: 

PONTE PRETA: André Dias; Zelão (Carlos André), Pedro Luiz, Beto Médice e Eduardo (Everaldo); Júlio César, Paulo César e Macalé (Dionísio); Careca, Arnaldo Lopes e Gaúcho. Técnico: Geninho. 

GUARANI: Hiran (Narciso); Marcinho, Cláudio, Valmir e Dedé; Fernando, Valdeir, Fábio Augusto e Djalminha (Uéslei); Amoroso e Luizão (Nélio). Técnico: Pepe. 

 

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Formado em Publicidade e Propaganda com ênfase em Marketing, além de ser jornalista e possuir MBA em Gestão de Projetos. Faz parte da equipe do Grupo EP desde 2017, atualmente como Supervisor de Mídias Digitais. Tem experiência no desenvolvimento de estratégias de marketing digital, trabalha em conjunto com uma equipe criativa e busca constantemente a inovação e as últimas tendências do setor.
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