1 de junho de 2024
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Dérbi Campineiro

Dérbi campineiro teve Ponte Preta como mandante no Brinco de Ouro

O jogo aconteceu no Brinco de Ouro da Princesa, pois o Moisés Lucarelli encontrava-se em reforma; confira essa história

 
Não é comum, ainda mais na atualidade, um time jogar no campo do arquirrival como mandante. Em Campinas, isso não ocorre há muito tempo, mas já houve até um dérbi com mando invertido. No dia 2 de setembro de 1984, a Ponte Preta enfrentou o Guarani no Brinco de Ouro da Princesa como mandante. Ou seja, emprestou o estádio do rival para jogar contra o próprio rival. E, por incrível que pareça, a Macaca derrotou o Bugre por 2 a 1. 

O jogo aconteceu no Brinco de Ouro da Princesa, pois o Moisés Lucarelli encontrava-se em reforma. A Ponte Preta, inclusive, jogou quase todo o primeiro turno do Campeonato Paulista no estádio do seu arquirrival. O dérbi campineiro, em questão, contou com um público de quase 20 mil torcedores. 

Chicão abriu o placar logo aos sete minutos. Ele aproveitou uma cobrança de falta e emendou um voleio para superar o goleiro Sidmar. “Usamos o vestiário principal e foi como se estivéssemos jogando em casa. Foi um jogo muito especial. Fiz um golaço logo de cara. Acabou sendo um gol muito importante e foi escolhido como o gol mais bonito do Fantástico. Foi um gol fantástico”, disse Chicão, em entrevista ao Tudo EP.  
 
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A Ponte Preta continuou pressionando e fez 2 a 0. Mauro avançou em velocidade pelo lado esquerdo e chutou forte para ampliar o marcador. O Guarani não desistiu e chegou a diminuir no minuto inicial do segundo tempo, quando Neto bateu falta e contou com um desvio da barreira para recolocar o Bugre no jogo. A equipe alviverde tentou, mas não conseguiu evitar a derrota como visitante em seu próprio estádio. 

Jogar como mandante no Brinco de Ouro da Princesa deu sorte para a Ponte Preta, que terminou o Paulistão na quinta posição, atrás apenas do Santos, Corinthians, São Paulo e Palmeiras. O Guarani ficou em sexto lugar. 

“Infelizmente, foi uma época com pouca divulgação. Tínhamos dois timaços, mas não fomos tão reconhecidos como seríamos nos tempos de hoje. Mas a Ponte Preta foi tudo na minha vida, foi onde eu comecei. A importância de ser goleador me levou a ser medalhista de prata com a seleção olímpica e me projetou para outros clubes nos quais eu também fiz história, como Botafogo e Coritiba. Foi tudo fruto de muito treino e cobrança do meu pai”, finalizou Chicão, terceiro maior artilheiro da Macaca, com 106 gols. 

Na ocasião, a Ponte Preta enfrentou o Guarani com: Luís Henrique, Alfinete, Osmar Guarnelli, Luís Carlos e Evandro; Régis, Jorge Mendonça (Toninho) e Dicá (Carlos Silva); Sílvio, Chicão e Mauro. Técnico: José Luiz Carbone. 

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Já o Bugre contou com: Sidmar, Cocada, Júlio César, Wilson Gottardo e Gilberto; Nei, Rubens Feijão e Neto (João Paulo); Chiquinho Carioca, Roberto (Gerson) e Banana. Técnico: Carlos Alberto Silva.

Luciana Félix
Supervisora de conteúdo do ACidade ON e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do ACidade ON Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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