19 de maio de 2024
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Dérbi Campineiro

Veja os últimos gols em dérbi das lendas Dicá e Zenon

Selecionamos dois jogadores que fizeram história pelos clubes campineiros para relembrar um pouco de suas trajetórias

 

Na centenária história de Guarani e Ponte Preta, muitos foram os craques que passaram pelos gramados. Selecionamos dois jogadores que fizeram história pelos clubes campineiros para relembrar um pouco de suas trajetórias.
 
Do lado da Macaca, Dicá é considerado o maior ídolo da história do clube e tem uma coisa em comum com Zenon, campeão brasileiro pelo Bugre em 1978: o último gol de ambos em um dérbi foi de falta. 

O ESCOLHIDO DA MACACA! 

Dicá estreou com a camisa da Ponte Preta com apenas 19 anos, no dia 27 de agosto de 1966, em um empate com o Nacional-SP por 2 a 2, no estádio Nicolau Alayon. É o jogador que mais vestiu a camisa alvinegra – 581 vezes – e o que mais fez gols – 155, sendo 45 em cobranças de falta, uma de suas marcas registradas.  
 
 

 
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O que poucos sabem é que Dicá chegou a ter uma rápida passagem nas categorias de base do Guarani antes de subir a avenida e se tornar ídolo da Ponte Preta. No profissional, o craque jogou também pela Portuguesa, Santos, Araçatuba e Paulista de Jundiaí. 

Apesar de ter feito alguns gols no dérbi campineiro, a principal vítima de Dicá foi o Palmeiras. O time de Palestra Itália levou 15 gols do craque. Na segunda posição, está o São Bento, com 14. O Guarani levou três gols do “Mestre”, que tem retrospecto favorável em dérbis. Foram 32 no total, com 13 vitórias, 16 empates e apenas três derrotas. 

O último gol de Dicá diante do Guarani ocorreu no dia 10 de julho de 1983, no Moisés Lucarelli, pelo Campeonato Paulista de 1983. A Ponte Preta venceu o jogo por 1 a 0, perante um público de 10.455 torcedores presentes. 

A curiosidade desse jogo é que Dicá havia marcado um gol com a bola rolando, mas o árbitro o anulou ao dar falta para a própria Ponte Preta na entrada da área bugrina. O próprio craque foi para a cobrança e contou com um desvio da barreira para fazer o gol da vitória alvinegra.
“O dérbi de 1981 foi o maior da história de Campinas. Foi uma partida de alto nível, muito técnica. Todo mundo saiu satisfeito, dos dois lados. Felizmente conquistamos a vitória”, lembrou Dicá. 

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Naquele jogo, a Ponte Preta teve em campo: Carlos, Edson, Osmar Guarnelli, Eraldo e Cláudio Mineiro; Lúcio Flávio, Jorge Mendonça e Dicá; Luís Sílvio (Waguinho), Chicão (Valmir) e Serginho. Técnico: Cilinho. 

DO LADO BUGRINO…
 
Já Zenon chegou ao Guarani, onde se eternizou, em 1976, após ótima passagem pelo Avaí, tendo conquistado dois títulos catarinenses. Com 279 jogos com a camisa bugrina e 81 gols, o meia marcou época ao ser um dos destaques na conquista do título brasileiro de 1978. Foi dele o gol da vitória por 1 a 0, no jogo de ida da decisão, em pleno Morumbi. 

O habilidoso meia é um dos artilheiros do dérbi campineiro na era moderna. Foram cinco gols contra a Ponte Preta, e o que chama atenção é que todos foram de bola parada, sendo quatro de pênalti e um em cobrança de falta, esse o seu último gol em um clássico campineiro.
 
O fato ocorreu no dia 27 de janeiro de 1980, no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Paulista de 1979, vencido pela Ponte Preta por 2 a 1, no Moisés Lucarelli, que contou com a presença de 30.174 torcedores. 

Osvaldo fez os dois gols da Macaca, enquanto que Zenon diminuiu pelo Bugre. Na ocasião, o camisa 10 do Guarani bateu uma falta com extrema categoria, quase no ângulo do goleiro Carlos. No entanto, o craque não conseguiu evitar a derrota do time alviverde. 

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Naquele jogo, o Guarani entrou em campo com: Neneca, Mauro, Gomes, Edson e Miranda; Zé Carlos, Renato e Zenon; Capitão, Careca (Gersinho) e Bozó. Técnico: Cláudio Garcia. 

“Não há jogo mais importante do que o dérbi para Campinas. Joguei alguns fantásticos, por exemplo, o do Pacaembu. Campinas foi mostrar como se jogava futebol para os paulistanos. Tenho uma história rica no clássico, foram cinco gols e muitas vitórias, incluindo uma na campanha do título de 78, com dois gols de Careca. Dérbi emociona demais, principalmente naquele tempo, hoje nem tanto. É um jogo que chama muito a atenção e é eternizado. Jamais deixaremos de ter essa rivalidade”, explicou Zenon. 

Além do Guarani, Zenon ficou marcado também na história do Corinthians, sendo um dos líderes da Democracia Corintiana. No time do Parque São Jorge, conquistou dois Campeonatos Paulistas, disputou 304 jogos e marcou 60 gols. Jogou também pelo Atlético-MG, Portuguesa, Grêmio Maringá, São Bento e Al Ahli, do Oriente Médio. 
 
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Luciana Félix
Supervisora de conteúdo do ACidade ON e do Tudo EP. Entrou no Grupo EP em 2017 como repórter do ACidade ON Campinas, onde também foi editora da praça. Antes atuou como repórter e editora do jornal Correio Popular e do site do Grupo RAC. Também atuou como repórter da Revista Veja, em São Paulo.
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