Uma nova medida da União Europeia está prestes a remodelar a indústria de smartphones em escala global. A partir de 2027, todos os dispositivos móveis comercializados nos 27 países do bloco econômico deverão vir equipados com baterias removíveis e substituíveis. Grandes players da indústria, incluindo Apple, Motorola, Samsung e Xiaomi, terão de reajustar seus designs para se adaptarem a essa exigência.
O objetivo principal do Conselho Europeu é simplificar a vida dos usuários, permitindo que a troca de bateria seja um processo acessível a todos. A necessidade frequente de substituição de baterias, que muitas vezes resulta em altos custos de assistência técnica ou na compra de um novo aparelho, será minimizada pela possibilidade de os consumidores realizarem essa tarefa por conta própria.
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Decisão pode ter impacto global
Embora a determinação da União Europeia tenha aplicação direta apenas em seus países-membros, seu impacto é esperado em escala global. De acordo com o portal Mashable, especialistas acreditam que as grandes empresas não produzirão modelos diferentes para mercados distintos, resultando na disseminação desse novo padrão para o restante do mundo.
Essa mudança na indústria de smartphones se assemelha à adoção do USB-C como porta de carregamento universal, que se tornou padrão em todo o mundo após a iniciativa da União Europeia. Agora, as expectativas recaem sobre o próximo lançamento da Apple, o iPhone 15, que provavelmente deixará para trás o conector Lightning em favor do USB-C.
Brasil também segue tendência
O movimento “right to repair” (direito ao reparo), que preconiza a capacidade dos consumidores de realizarem reparos em seus próprios dispositivos eletrônicos, tem ganhado força globalmente. No Brasil, projetos de lei como o 5421/2019 e 6151/2019 refletem essa tendência. Empresas como Apple e Samsung estão adotando medidas para fornecer manuais e componentes aos consumidores, facilitando a manutenção independente.
Apesar dos esforços das empresas em promover a autonomia dos consumidores, a imprensa dos Estados Unidos tem enfatizado que o processo de reparo ainda é complexo em muitos casos, muitas vezes exigindo conhecimentos técnicos especializados.
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