19 de maio de 2024
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Threads pode acabar com o Twitter?

Veja o que os especialistas pensam sobre essa rivalidade. A resposta do Twitter veio em ameaça de processo contra Meta afirmando roubar segredos comerciais da plataforma

O lançamento do Threads, nova rede social da Meta, está mexendo no cenário digital. Com o objetivo provocar uma briga direta com o Twitter, de Elon Musk, a plataforma conquistou em menos de 24 horas, mais de 30 milhões de usuários superando o recorde de tempo do ChatGPT, que levou cinco dias para alcançar 1 milhão de pessoas.

A chegada do rival ocorre em um período conturbado do Twitter com decisões que geraram insatisfação entre usuários, desenvolvedores e anunciantes, como a limitação de visualização de tweets. De acordo com o chefe do Instagram, Adam Mosseri, a “volatilidade” e a “imprevisibilidade” do Twitter sob Musk deram abertura para a concorrência.

A dúvida agora é: será o fim do Twitter?

Como os especialistas avaliam este cenário
Para os especialistas é necessário um tempo de amadurecimento da rede para avaliar o potencial real da Threads em relação ao Twitter. O próprio Adam Mosseri, em entrevista ao The Verge, disse que a plataforma é um “negócio arriscado”, especialmente porque é um novo aplicativo que as pessoas precisarão baixar e se acostumar.

Segundo Gustavo Franco, Country Manager da Labelium, que desenvolve soluções para a otimização de performance digital, esse crescimento exponencial de usuários da Threads em tão pouco tempo deve-se à facilidade de cadastro e à estratégia de aproveitamento da sua base atual do Instagram, além de conectar celebridades à rede em suas fases iniciais para atrair audiência.

“Não acredito que seja o fim do Twitter, pelo menos não no curto e médio prazo. O Twitter tem uma base sólida e uma conexão cultural com nichos específicos que devem perdurar”, diz Franco.

De acordo com ele, iniciativas como a do Thread são as desafiantes. “Mesmo que consigam muita atenção em primeiro instante, como a rede Koo, declinam muito rápido. Não apresentam inovação relevante para uma migração de hábitos de uso em massa. Fica como desafio para a Meta a inovação para atrair mais do que a atenção”, explica. 

 

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Para Eliane El Badouy, professora de Futuro e Tendências da Inova Business School, as próprias ações de Elon Musk podem abrir espaço para a Meta. “As decisões que Musk vem tomando no Twitter, querendo criar regras que são incompatíveis com a realidade das mídias digitais, provoca descontentamento e abre possibilidade para a migração desses usuários para outras plataformas, como o Threads. Vale lembrar que o público do Instagram é diferente do público do Twitter e o desafio da Meta está nessa transformação”, diz. 

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Na visão de Felipe Argon, COO da Pira, empresa especializada na criação e realização full service de projetos de comunidades digitais, no Brasil, assim como em outros países da América Latina, a estratégia de lançamento foi um grande sucesso e os criadores de conteúdo já estão apostando na plataforma. Porém ainda é muito cedo para avaliar o futuro da nova rede social. 

“Devido às restrições impostas pela União Europeia, em muitos países da Europa, o Threads nem chegou a ser lançado no mundo todo devido ao descumprimento dos regulamentos de proteção de dados. Está disponível apenas em 100 países”, explica. 

Para Argon, o comportamento do usuário irá ditar as regras ao longo do tempo, mostrando se há potencial no Threads e se será o fim ou não do Twitter. “Podemos dizer que a brincadeira começou. Para o mercado, por ora, nada muda, a não ser o olhar atento do usuário. A plataforma ainda está em teste. Quando a Meta, de Zuckerberg, começar a comercializá-la, aí sim poderemos ver o verdadeiro impacto na empresa de Musk”, sugere Felipe.

Twitter ameça processar Meta
A reação do Twitter em relação à chega do Threads foi em forma de ameaça. Segundo o portal Semafor, o Twitter enviou um e-mail ao CEO da Meta e ameaçou processar a big tech por contratar ex-funcionários e alegou que a empresa de Mark Zuckerberg roubou segredos comerciais por meio desses colaboradores. O advogado do Twitter afirma que as informações foram usadas para acelerar o desenvolvimento do aplicativo Threads. A Meta ainda não se pronunciou sobre o caso. 

 

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Larissa de Morais
Formada pela Universidade São Francisco, é Assistente de Mídias Digitais do Tudo EP, ACidade ON e EPTV Campinas, onde também foi estagiária de jornalismo. Com passagem por sites de entretenimento e jornalismo independente, tem experiência em redação de material jornalístico para editorias de diferentes segmentos de hard e soft news e em produção de conteúdo para redes sociais.
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